Hobbies e vivências pessoais ajudam profissionais a se destacar no mercado

Em tempos de LinkedIn, ter um currículo repleto de cursos formais, certificados e experiências corporativas se tornou demanda quase obrigatória para quem quer trabalhar nas grandes empresas. No entanto, com o mercado de trabalho cada vez mais competitivo e acirrado, onde as qualidade técnicas são fundamentais, o maior diferencial pode vir de um hobbie ou vivência particular que não se encaixe nessa trajetória tradicional.

Flávia Leone, analista de departamento pessoal do GetNinjas, maior plataforma de contratação de serviços do Brasil, é fascinada por atividades circenses e atribui à prática lições fundamentais para exercer sua função profissional. "Os desafios deste exercício exigem superação a cada novo processo para garantir a desejada evolução. Os aprendizados me trouxeram habilidades em várias situações, já que em startups tudo muda muito rapidamente e é preciso se adaptar a essas mudanças, explica."

"Buscamos sempre perguntar sobre hobbies e conhecer que tipo de atividade e projeto a pessoa está envolvida. Praticar ou não alguma atividade extracurricular não é necessariamente um fator decisivo para a escolha de um candidato, mas saber o que ele gosta de fazer, nos diz muito sobre o traço comportamental do mesmo, e isso pode nos auxiliar a entender melhor onde e como este candidato se enquadraria nos perfis da empresa", ressalta Ana Carolina Chuckman, coordenadora de RH do GetNinjas.

Seguindo este caminho, Carlos Colentuano trabalha como Designer UX/UI da Singu, marketplace de beleza e bem-estar, e nas horas vagas é atleta de remo. Amante do esporte há 14 anos, ele conta que a atividade alivia a diminuir o stress e ajuda a aumentar sua concentração no trabalho. "Além disso, o caráter coletivo do esporte contribui para a socialização e espírito de equipe", aponta.

Apaixonado por fotografia, Yuri Saiovici, CEO da POPSPACES, marketplace que conecta marcas e pessoas a espaços comerciais por meio de aluguéis de curta temporada, é outro bom exemplo de como um hobbie pode transformar a perspectiva profissional. Ele viajou cerca de 40 países da América Latina, África, Ásia e Oceania para registrar pessoas, hábitos e culturas antes de criar um negócio voltado para a economia compartilhada e varejo. "Aprendi a evitar preconceitos, conviver com diferentes pontos de vista e isso me ajudou a enxergar as cidades de outra forma", celebra.