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O ano de 2018 ainda não acabou: como o último trimestre pode influenciar no futuro do mercado brasileiro

Para os gestores brasileiros, 2018 foi um ano desafiador. A instabilidade do cenário econômico teve papel de destaque e causou forte incerteza, gerando certa desconfiança no futuro dos mercados. De acordo com o último levantamento da FGV (Fundação Getúlio Vargas), o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) caiu mais de um ponto percentual em setembro — de 83,8, em agosto, para 82,1.

As movimentações do mercado neste ano aumentaram o receio do setor corporativo. As lideranças, em resposta, tornaram-se ainda mais cautelosas — e estreitaram os olhos na tentativa de vislumbrar para além do horizonte no mercado brasileiro.

Com o último trimestre batendo à porta, é importante considerar quais oportunidades e quais alertas o ano de 2018 ainda reserva. Na iminência das Eleições Presidenciais, que certamente despontam como o grande evento ainda por vir, os gestores precisam conhecer o cenário para que sejam, então, capazes de antever movimentos coesos e de tomar decisões estratégicas em suas operações.

Alvaro Chaves, economista de formação e CEO da Areco Sistemas Empresariais, oferece uma visão interessante sobre o Brasil de 2018 (e as expectativas para o país de 2019). Sua formação acadêmica o tornou apto a analisar criticamente o panorama histórico da economia brasileira e suas três décadas como empresário no Brasil o capacitaram para comentar as nuances do contexto empresarial com profundidade. Acompanhe o bate-papo!

Qual é a sua atual visão sobre a economia brasileira?

AC: Fundamentalmente, a prosperidade dos negócios depende da confiança. E essa noção de “confiar”, quando falamos de economia, está pautada na segurança de que as diretrizes que regem o mercado serão mantidas — ou então, se houver otimismo, lapidadas de forma a favorecer o crescimento.

Atualmente, porém, o que reina é a incerteza. Com a iminência de um processo eleitoral, em que impera a imprevisibilidade, é natural que os mercados reajam com traços de extrema cautela.

É uma equação lógica: se o cenário político traz insegurança à economia, os líderes empresariais também não têm a confiança necessária para investir. E, claro, na impossibilidade de antever o futuro econômico do país, os mercados desaceleram.

Como o terceiro trimestre de 2018 pode interferir nos próximos ciclos?

AC: Os próximos meses serão decisivos para que o empresariado brasileiro consiga estruturar o planejamento para 2019, definindo suas prioridades e estratégias de curto prazo com mais consistência e segurança.

Até outubro, com a indefinição política, com certeza haverá certo receio em decisões mais práticas e imediatas, principalmente no que compete aos investimentos.

De qualquer forma, não é absolutamente recomendável que os gestores se valham disso como um pretexto para a inércia. Independentemente do resultado nas urnas, a concorrência no mercado continuará altíssima e somente os mais adaptados, capazes de desafiar o status quo e dispostos a inovar na operação e na estratégia, se destacarão.

Quais são suas perspectivas para o mercado brasileiro?

AC: Não tenho dúvidas de que o Brasil é um país privilegiado e de que há, acima de qualquer coisa, muito potencial para o desenvolvimento da nação. A extensão do território — que por sua vez é, além de vastamente agriculturável, também riquíssimo em recursos naturais valiosos — contribui para acomodar um mercado consumidor de mais de 200 milhões de pessoas. Poucos países do mundo podem se orgulhar de compartilhar de um contexto semelhante.

Esse ponto, por si só, bastaria para que um empreendedor visionário já considerasse a possibilidade de aproveitar seu nicho no Brasil. Entretanto, o que nos falta (e o que, em certa medida, tenho convicção de que podemos tornar real) é o mindset certo para investirmos no que é prioritário para deslancharmos enquanto nação e potência econômica.

Se pudesse dar um conselho aos gestores brasileiros, qual seria?

AC: Enquanto empresário, há mais de 30 anos atuando no Brasil, tenho bastante consciência dos desafios que enfrentamos aqui. Porém, estar à frente de um negócio, seja onde for, exige muita resiliência, comprometimento e foco em resultados.

Para os líderes, cabe manter o pensamento estratégico e ficar atento às janelas de inovação, independentemente do cenário político-econômico. Estacionar na defensiva, esperando por uma definição para só então começar a decidir o que fazer, não é a melhor solução.

É preciso considerar as variáveis, é claro, mas também é imprescindível que haja movimento contínuo em prol da otimização de recursos e da alavancagem de desempenho, com inovações em processos e captura de oportunidades.

De qualquer forma, se perpetuarão e destacarão as empresas que tiverem controle total de seus processos e a segurança das próprias informações — que, em última escala, realmente sinalizam a viabilidade ou a impossibilidade de investir em expansão.

Alvaro Chaves é economista e CEO da Areco Sistemas Empresariais. Para manter contato, acesse-o via LinkedIn.


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