Entenda a importância de aprender uma segunda língua na formação e atuação no mercado de trabalho
Especialista explica como a fluência em outras línguas permite a imersão no mercado internacional
É importante analisar se a formação dos profissionais brasileiros oferece preparação para dialogar com mercados internacionais. A diretora do programa Katz EMBA oferecido pela University of Pittsburgh e a Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo, Karla Nassuno Alcides, explica que no geral, o Brasil, principalmente no caso das instituições privadas, tem dado passos significativos, mas precisa superar um desafio primordial dentro do desenvolvimento, que é o idioma. "Embora várias tecnologias estejam sendo desenvolvidas para tradução simultânea, o inglês é a língua do business", ressalta Alcides.
Não existem muitos levantamentos atualizados, mas de acordo com a British Council, apenas 5% dos brasileiros falam inglês e menos de 1% apresenta algum grau de fluência. "Esse percentual mostra o déficit de profissionais capacitados a atuar em frentes internacionais. Temos aí um grande problema para o desenvolvimento nacional". Vale destacar que existem outras línguas estrangeiras populares no mundo dos negócios, de acordo com o relatório da Associação internacional de Francofonia, o espanhol é a terceira língua mais falada no mundo, em segundo é o inglês e em primeiro o Mandarim, devido ao grande número de falantes nativos.
Outro fator que impede a capacitação é o baixo investimento em formação continuada. Alcides afirma que o mercado da educação executiva no Brasil é relativamente jovem, mas nas últimas duas décadas vem se desenvolvendo de um modo extremamente rápido, com possibilidades diferenciadas em graduação, pós, mestrado e cursos de extensão de menor duração. "É importante lembrar que existem demandas urgentes de setores da economia que exigem qualificação específica, como agribusiness, tecnologias e indústria do consumo, que estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste", ressalta a especialista.
Na Ásia e na Europa, a educação executiva está em expansão, isso mostra a globalização dos mercados e a transformação pela qual as empresas estão passando, ligadas à capacidade dos países de oferecem um nível de educação sofisticado. A diretora explica que preparar-se para enfrentar essas mudanças exige investimentos em novos modelos na formação de líderes e gestores, diferentes dos formatos atuais baseados em palestras, nas quais o professor fala e o aluno escuta. A metodologia deve abranger uma área de conhecimento mais complexa, que trabalhe com ferramentas gerenciais e compreenda a gestão de pessoas, visão estratégica, análise de risco, inovação e muitos fatores ligados à ética, sustentabilidade e diversidade.
Ainda dá tempo de correr atrás desses prejuízos, priorizando um plano de desenvolvimento. Se a empresa não tem recursos para investir, deve buscar outras alternativas, como parcerias com instituições de ensino, flexibilização de horários de trabalho e incentivo aos próprios executivos para que vá em busca de seu próprio progresso intelectual e profissional.
A especialista está disponível para conceder entrevistas.
Sobre o Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está entre as 100 melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.
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