Bolsas Globais vivem em trégua, mercado nacional se mexe com eleições
“Estamos no último terço do mês, e a campanha eleitoral deve aumentar a temperatura”, explica o Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos.
Teremos a divulgação de três pesquisas nesta semana e elas devem definir o novo patamar dos preços para o Ibovespa e para o dólar. Se confirmada a tese de que Lula consegue transferir votos para Haddad, a ponto de levá-lo ao segundo turno, o nível atual do mercado deve sofrer um significativo ajuste, posto que ele estava mais inclinado a precificar com Geraldo Alckmin. Ainda que parte desse movimento já tenha sido antecipado, com a queda da bolsa dos 82 mil pontos para o patamar atual, de 76 mil, a confirmação de uma saída definitiva do tucano do segundo turno ainda pode render uma onda de pessimismo. As contas deverão incluir, além das chances de ida ao segundo turno, de vitória em confronto direto. Supondo que Bolsonaro tenha chance maior de ganhar que Haddad e que o Ibovespa pode ir a 90 mil pontos em sua vitória e a 60 mil na vitória do petista, o Ibovespa valeria algo como 78 mil pontos. Já o dólar teria um pouco mais de prêmio a buscar, perto dos R$ 4,30.
Para o Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira, o aumento da volatilidade é algo que deve acontecer, independentemente da evolução desses dois candidatos. “Estamos no último terço do mês, e a campanha eleitoral deve aumentar a temperatura. A semana terá a dominância das eleições sobre todos outros temas, ainda que tenhamos indicadores importantes como o IPCA-15, o CAGED de julho e a arrecadação federal. A economia dá sinais de que se recuperou do tombo da greve dos caminhoneiros para assumir uma trajetória de crescimento muito baixo e inflação novamente abaixo da meta”, explica Pedro.
No exterior, os mercados estão vivendo mais uma trégua, em função das "trade talks" entre EUA e China marcadas para esta semana e também dos estímulos de crédito anunciados pelos órgãos estatais chineses para a infraestrutura. As bolsas estão em alta, as moedas se valorizam em relação ao dólar e as commodities, à exceção do petróleo, estão em alta. “Na Turquia, o presidente Erdogan manteve duras críticas aos EUA no contexto da atual crise diplomática e também associou a desvalorização da moeda turca a um tipo de ataque religioso vindo de especuladores. Um acordo de swaps cambiais entre Turquia/Quatar foi anunciado pelo BC Turco nesta manhã. A Lira Turca, contudo, segue em depreciação”, diz Daniel Xavier, Economista-Chefe da DMI Group.
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