Nada mais do que o melhor
Qualidade é fundamental e intrínseca a qualquer atividade produtiva. Não é, no entanto, um diferencial, mas um dever e a base para uma atuação responsável em todos os aspectos. Normas e certificações auxiliam o setor no combate às práticas irregulares
Pensar em qualidade é falar em responsabilidade. Mais do que oferecer produtos duráveis e funcionais, indústrias dos mais diferentes segmentos devem ter como foco atuação voltada à valorização do mercado, do meio ambiente e, acima de tudo, da sociedade e do consumidor. Garantir a durabilidade dos produtos e, principalmente, a segurança física e patrimonial das pessoas é assegurar também a perenidade da própria marca.
Os diversos setores produtivos lutam para a manutenção de práticas econômicas, administrativas e sociais saudáveis, que imprimam um conceito mais amplo de qualidade e permitam uma competitividade mais justa, em condições igualitárias. Estas condições estão diretamente relacionadas a temas árduos – mas recorrentes – como a sonegação técnica e fiscal, que, ao final, prejudicam o mercado e colocam em risco a vida de consumidores.
Nos últimos anos, fabricantes, fornecedores de matérias-primas, órgãos técnicos e várias entidades setoriais vêm trabalhando em conjunto no combate a práticas irregulares, com bons resultados. Em julho de 2017, foi a vez do setor de esquadrias buscar a certificação junto ao Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e, com isso, obter a regulamentação da segurança e qualidade dos produtos, válida para todo o mercado nacional. Trata-se do Programa de Certificação de Esquadrias para Edificações.
Com o objetivo de promover a organização setorial por meio da qualidade e combater a não conformidade existente no mercado, este e outros programas, a exemplo do PSQ – Programa Setorial da Qualidade -, definem os parâmetros mínimos de resistência, durabilidade, funcionamento de portas e janelas, assegurados por testes laboratoriais, com enormes benefícios para o mercado, trazendo mais segurança para quem compra, quem vende e quem utiliza os produtos, que conta com garantia de estanqueidade, vedação e não deformidade e, o mais importante, a preservação da integridade física do usuário.
Ainda há um caminho a ser percorrido. Paralelamente às questões técnicas, desenvolvem-se esforços para maior conscientização de toda a cadeia produtiva e também do consumidor final quanto à importância do atendimento às normas de produção. Somente um mercado responsável, integrando indústrias, comércio, órgãos técnicos e fiscalizadores e poder público, poderá transformar totalmente o setor, coibindo práticas ilegais e danosas e punindo irregularidades.
A responsabilidade é de todos. A certificação demonstra a credibilidade da indústria e o selo identifica o fabricante e o produto certificados. Exigir qualidade mínima nos produtos e aplicar as sanções devidas em caso de descumprimento das determinações, bem como atribuir corresponsabilidade a fabricantes e revendedores, abrem mais possibilidades para o combate à sonegação fiscal, forma de atuação prejudicial para toda a sociedade.
A formalidade técnica e fiscal é um dever e necessária em todos os aspectos. Torna a concorrência mais leal, favorece a diferenciação das marcas por parâmetros mais individuais – como portfólio, atendimento, serviços – e estabelece equilíbrio ao mercado. Cada acidente evitado, cada consumidor satisfeito, cada obra segura é uma vitória.
Os progressos são visíveis, mas trata-se de um processo contínuo de conscientização e adequação. Comerciantes e consumidores devem ser informados sobre a importância de exigir produtos certificados, bem como marcas que atuem de forma regular em termos fiscais. É desta forma que o mercado se afirma, que o País cresce, que edificações são conservadas e, acima de tudo, que vidas são poupadas.
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