Sincor-SP participa de Seminário sobre seguro, previdência e inovação

A reforma da previdência e as oportunidades e potencial do mercado de seguros foram abordadas pelo presidente da FenaPrevi, Edson Franco, pelo diretor presidente da Bradesco Vida e Previdência e Bradesco Capitalização, Jorge Pohlmann Nasser, e pela colunista da Folha e planejadora financeira pessoal, Márcia Dessen.

Os especialistas acreditam que a reforma na previdência é necessária, já que o modelo atual não é sustentável, pois conta com 2,5 trabalhadores brasileiros para cada aposentado e um déficit de R$ 268 bilhões na previdência social. “A conta não fecha! É preciso uma reforma paramétrica e uma reforma estrutural”, pontua Edson.

De acordo com Márcia, o mercado de seguros tem o dever de orientar a população sobre a importância da contratação de uma previdência privada. “Ajudar o cidadão a entender que ele precisa se conscientizar e poupar para o seu futuro”, completa.
Nasser pontuou as questões para levar em consideração a contratação de um plano. “Entender o papel da previdência, por que contratar, decidir entre PGBL e VGBL, por quanto tempo, qual o perfil de investidor, de que forma contribuir, além de avaliar periodicamente o plano que contratou”, explica.

A mesa 2 trouxe o seguro de responsabilidade civil como tema e focou nos limites da cobertura de seguros e compliance. A advogada especialista em direito securitário, Paula Mattos Luccheta, afirmou que este é um grande momento para o seguro D&O. Já o sócio da SABZ Advogados, Pedro Guilherme de Souza, destacou o seguro de responsabilidade ambiental e de riscos cibernéticos.

O presidente do Sincor-SP, Boris Ber, foi um dos convidados para compor a mesa 3, que falou sobre mercado digital e inovação, juntamente com o fundador e CEO da Direct One, Fernando Wosniak Steler, e a advogada e presidente do grupo de trabalho de novas tecnologias da AIDA, Maria da Glória Faria.

O grupo focou na importância das novas tecnologias para o desenvolvimento do setor de seguros, como o blockchain, a internet das coisas (Internet of Thing – IoT) e a importância da informação nos dias atuais.

“Percebemos um movimento de mudança no mercado, as seguradoras estão se digitalizando cada vez mais, mas vão ter que se reinventar, assim como os corretores”, afirma Glória.

Boris afirma que o avanço da tecnologia permitiu que o corretor de seguros ganhasse tempo e focasse mais no seguro. “As transformações digitais não vão acabar com o corretor de seguros. A tecnologia vai ser a principal arma para a sobrevivência deste profissional”, acredita.

Apesar dos avanços, os palestrantes acreditam que as seguradoras devem investir em novos produtos, que se adequem melhor à sociedade atualmente. “Os produtos têm que se adaptarem as novas tecnologias, o novo modo como as pessoas lidam com as propriedades”, considera Fernando.

“O setor precisa analisar o que está faltando. O surgimento ilegal da proteção veicular é um exemplo disso, da incapacidade que o mercado tem de criar produtos que a população realmente precisa”, pontua Boris.