Firjan prevê fechamento de vagas no estado
Para Federação das Indústrias, aumento do piso salarial fluminense está totalmente descolado da realidade de crise do estado
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) condenou a decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) de aprovar reajuste de 5% no piso salarial no estado fluminense, nesta quarta-feira (7). O índice, que é quase o triplo aprovado para o salário mínimo nacional (1,8%), trará consequências sérias, como a possível extinção de mais 25 mil vagas de trabalho, efeito cascata nos preços de produtos e serviços, tornando-se, enfim, onerosa para toda a sociedade.
A Firjan disse que os parlamentares fluminenses ignoraram todas os als agentes privados e a grave crise econômica na qual está mergulhado o estado.
A entidade destacou que o estado perdeu meio milhão de vagas de emprego nos últimos três anos, 92.192 só em 2017. Destacou que o Rio é o estado em pior situação econômica do País, sem paralelo com nenhum outro. Ainda assim, é a praça que dará o reajuste mais alto. Dessa forma, o piso do Rio ficará 25,1% maior que o salário mínimo nacional. Segundo a Firjan, nem nos tempos de bonança, de elevada taxa de crescimento econômico, a diferença foi tão grande. São Paulo, que perdeu 6.651 vagas de emprego ano passado, terá seu piso regional reajustado em 2,99%.
Durante todo o ano, a Firjan disse que, de forma incansável, encaminhou índices e projeções sobre a economia no estado e no País ao Conselho Estadual de Trabalho, Emprego e Geração de Renda do Estado do Rio de Janeiro (Ceterj). Todos os alertas foram desprezados.
A Firjan conclui que o aumento do piso salarial fluminense está totalmente descolado da realidade do estado, que enfrenta uma aguda crise, que não terá fim em 2018. A decisão dos deputados abate, definitivamente, qualquer possibilidade de o Rio ensaiar uma retomada este ano, acredita a Firjan.
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