Eleições não paralisam reformas estruturantes
Michel Temer faz discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, e exorta investimentos externos na infraestrutura brasileira
As eleições de outubro não vão alterar a agenda de reformas estruturantes, porque o povo brasileiro irá às urnas ciente de que “a responsabilidade dá resultados” e viabiliza políticas sociais. A declaração foi feita pelo presidente da República, Michel Temer, em discurso feito nesta quarta-feira, 24, no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.“Sei que muitos podem estar se perguntando se continuaremos nesse caminho; se nossa jornada não estaria ameaçada pelas eleições que se avizinham no Brasil. Permitam-me dizer-lhes, sem rodeios e com convicção: completaremos nossa jornada”, disse Temer, na primeira participação de um presidente brasileiro em Davos desde 2014.
“O Brasil que vai às urnas em outubro sabe que a responsabilidade dá resultados. Traz equilíbrio das contas, crescimento e empregos. Viabiliza políticas sociais. Hoje, os principais atores no Brasil, políticos e econômicos, convergem em que não há alternativa à agenda de reformas que estamos promovendo. O espaço para uma volta atrás é virtualmente inexistente”, acrescentou.
Ao falar diante de líderes políticos e empresariais de todo o mundo, Temer assegurou que seu governo vai “batalhar dia e noite” perante o Congresso Nacional para conseguir aprovar a reforma da Previdência, acrescentando que a simplificação do sistema tributário estará aprovada até o fim do ano.
Na opinião de Temer, à medida que a data de votação da reforma da Previdência na Câmara se aproxima-19 de fevereiro- cada vez mais a população percebe que o sistema atual é “injusto e insustentável”.
Ele aproveitou para vender um “novo Brasil” que nasce da agenda de reformas aos investidores, convidando-os a investir no país em setores como concessões de infraestrutura e petróleo.
O presidente condenou ainda as tendências isolacionistas que ganham força no mundo atualmente, garantindo que o protecionismo não é a solução para o crescimento da economia global. “Quando nos fechamos em nós mesmos, nos fechamos a novas tecnologias, a novas ideias, a novas possibilidades. Fechamo-nos a soluções efetivas para problemas comuns. Nosso governo tem atuado para integrar, cada vez mais, o Brasil à economia global”, afirmou.
Dentro dessa política, segundo Temer, pela primeira vez em muitos anos há uma perspectiva realista de conclusão do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia -- “acordo que queremos abrangente e equilibrado”, afirmou.
Com participação no Fórum Econômico Mundial no mesmo dia em que será julgado recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por condenação a 9 anos e 6 meses de prisão no âmbito da operação Lava Jato, Temer assegurou que “as instituições estão funcionando com tranquilidade” no País. “A segurança jurídica existente no Brasil é inclusive um incentivo para os investidores”, afirmou.
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