Nódulos na Tireoide: O Sinal de Alerta Que Muitos Ignoram - e Pode Salvar Vidas

Os nódulos tireoidianos estão entre as alterações mais comuns da glândula tireoide — e, embora a maioria seja benigna, eles exigem atenção redobrada. Tratam-se de pequenos crescimentos, sólidos ou cheios de líquido, que surgem na parte frontal do pescoço e podem variar de poucos milímetros a vários centímetros.

O problema costuma ser silencioso, mas em alguns casos pode provocar sintomas como dificuldade para engolir, rouquidão e sensação de pressão na região - Destaca o Dr. Ernesto Alarcon, cirurgião especializado em videolaparoscopia.

E mesmo quando o nódulo não causa incômodo, especialistas alertam que entre 5% e 15% podem representar câncer de tireoide, o que torna o diagnóstico precoce indispensável.

Entre as causas mais frequentes estão o crescimento benigno das células da glândula (adenomas), cistos tireoidianos, inflamações como a tireoidite de Hashimoto e até deficiência de iodo. Em situações menos comuns, o nódulo pode ser maligno, reforçando a necessidade de investigação cuidadosa – Explica o Dr. Alarcon.

Diagnóstico: quando procurar ajuda

Ao identificar qualquer alteração no pescoço ou receber um achado incidental em exames de rotina, o primeiro passo é consultar um endocrinologista. A avaliação clínica costuma ser seguida de exames como:

- Ultrassonografia da tireoide, que revela o tamanho e as características do nódulo.

- Punção aspirativa por agulha fina (PAAF), indicada quando há suspeita de malignidade.

- Exames laboratoriais, para avaliar o funcionamento da glândula.

Tratamento: de acompanhamento à cirurgia

A abordagem depende do tipo e do comportamento do nódulo. Em muitos casos, o tratamento consiste apenas em monitoramento regular. Em outros, pode incluir:

- Reposição hormonal

- Intervenções minimamente invasivas

- Cirurgia, quando há risco de câncer ou sintomas compressivos

O nódulo na tireoide não significa câncer, mas ignorá-lo pode significar risco. Identificar, investigar e tratar cedo faz toda a diferença na preservação da saúde e na prevenção de complicações – Finaliza o Dr. Ernesto Alarcon

Créditos:
Dr. Ernesto Alarcon
Cirurgião Geral especialista em videolaparoscopia e atuação com enfase em Cirurgia Geral e Digestiva. Clinica em SP
Cirurgias de hérnias, vesículas,vasectomia,Bariátrica, entre outros.
Coordenador e Chefe de Equipes Médicas em Alguns Hospitais em São Paulo.