Verão e o câncer de pele: especialista alerta que maior exposição solar pode aumentar o risco de casos

A temporada mais quente do ano está chegando. No próximo dia 21 de dezembro, começa o verão, a época perfeita para aproveitar o sol, a piscina e o mar. Mas, junto com o clima mais quente, vem a necessidade de redobrar os cuidados com a pele. Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de pele já representa cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, sendo o tipo de câncer mais comum no país.

Em Santa Catarina, o risco também é elevado. Estudos mostram que o Estado está entre os que apresentam os maiores índices de incidência da doença no país. A dermatologista Naiana Sá, de Tubarão, explica que isso é resultado de uma série de fatores. “A alta exposição solar, o clima, a população de pele clara e os hábitos de lazer ao ar livre sem proteção solar fazem com que tenhamos mais casos da doença no nosso Estado”, informa.

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que entre 2023 e 2025, o país terá em média mais de 220 mil novos casos de câncer de pele não‑melanoma por ano, além de cerca de 9 mil casos novos de melanoma. É importante ressaltar que lesões suspeitas precisam passar por cirurgia para a biópsia. O Grupo Naiana Sá Dermatologia conta com uma dermatologista especializada em cirurgia dermatológica, responsável pela remoção e análise de lesões suspeitas, a Dra. Bárbara Klein.

Verão e o aumento do risco

Alguns acreditam erroneamente que “uma marquinha de bronzeado” é sinal de saúde, mas a dermatologista Naiana Sá alerta que a pele queimada de sol representa, na verdade, uma lesão. “Bronzeado não é sinônimo de saúde, é uma resposta da pele à lesão celular causada pela radiação ultravioleta. Quando a pele fica exposta ao sol, ela tenta se proteger produzindo mais melanina, o que resulta no bronzeado. Essa proteção, porém, é uma tentativa do corpo de minimizar o dano causado pelas radiações UV, que podem alterar o DNA das células da pele e levar a danos como queimaduras solares ou, a longo prazo, câncer de pele.”, destaca.

Ela ainda alerta que a detecção precoce aumenta em até 90% as chances de cura do câncer de pele. Para isso, é preciso ficar atento ao ABCDE das pintas e sinais.

A – Assimetria: quando a pinta não é igual dos dois lados.

B – Bordas irregulares: as extremidades são tortas, mal definidas ou “borradas”.

C – Cor diferente: a pinta tem mais de um tom (preto, marrom, avermelhado, esbranquiçado ou azulado).

D – Diâmetro: ela é maior que uma borracha de lápis ou aumenta de tamanho ao longo do tempo.

E – Evolução: qualquer mudança: cresce, muda de cor, muda de formato, coça, sangra ou dói.

Por isso, a orientação é clara: fazer consultas dermatológicas regulares, usar protetor solar todos os dias, reaplicar a cada duas horas quando exposto, evitar exposição direta entre 10h e 16h, usar chapéus, óculos de sol e roupas com proteção UV.

Como manter a pele bonita e saudável no verão

Para quem deseja uma pele bonita e saudável, existem tecnologias e procedimentos capazes de tratar danos, suavizar manchas e melhorar a textura da pele sem colocar a saúde em risco. A dermatologista Naiana Sá explica que tratamentos como bioestimuladores de colágeno, lasers para manchas solares, ultrassom microfocado, como o Atria 2, Evolla e o Quadripico, a tecnologia mais moderna e eficaz para o tratamento de manchas resistentes e melasma podem ser indispensáveis para recuperar a pele e realçar sua beleza natural.

Além disso, a médica destaca a importância de um acompanhamento contínuo, com avaliação individualizada, histórico de exposição solar, rotina de proteção e monitoramento periódico, garantindo a saúde e segurança da pele ao longo do tempo. “Quando combinado prevenção, diagnóstico e estética consciente, é possível oferecer segurança, saúde e resultados naturais aos pacientes. E, no verão, essa abordagem faz toda a diferença para uma pele saudável e bonita”, finaliza.

Dra. Naiana Sá, médica dermatologista em Tubarão (SC)