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A importância vital do aleitamento materno: benefícios para mães, bebês e sociedade

  • Quarta, 06 Agosto 2025 18:20
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Beatriz Felício
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Especialista da Afya Educação Médica de Goiânia explica a importância do aleitamento materno e oferece dicas nutricionais para mães que amamentam ou vão amamentar aleitamento materno é amplamente reconhecido como uma das estratégias mais eficazes para a promoção da saúde infantil e materna. Seus benefícios vão além da nutrição, com impactos significativos no desenvolvimento cognitivo das crianças, na prevenção de doenças e na redução dos custos para os sistemas de saúde pública. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) recomendam que a amamentação seja iniciada ainda na primeira hora após o parto, mantida de forma exclusiva até os seis meses de vida e continuada, juntamente com a introdução alimentar adequada, até os dois anos ou mais.

Os efeitos positivos do aleitamento materno são amplos e duradouros, beneficiando tanto o bebê quanto a mãe. Para os pequenos, o leite materno representa a principal fonte de proteção imunológica nos primeiros meses de vida, reduzindo comprovadamente o risco de infecções respiratórias, diarreias, otites, obesidade, asma, diabetes tipo 1 e até a síndrome da morte súbita infantil (SIDS), além de promover melhorias no desempenho cognitivo e no desenvolvimento emocional.

Para as mães, amamentar diminui o risco de câncer de mama e ovário, diabetes tipo 2, hipertensão e síndrome metabólica, além de auxiliar na recuperação pós-parto e fortalecer o vínculo afetivo com o bebê. Diante de tantos benefícios, a amamentação deve ser entendida não apenas como uma escolha individual, mas como uma prática que precisa ser incentivada, protegida e apoiada por toda a sociedade.

Segundo Marcela Rages de Faria, médica e professora de Nutrologia na Afya Educação Médica de Goiânia, garantir que mães recebam orientação adequada e apoio durante o pré-natal e o pós-parto é essencial para o sucesso do aleitamento. “O leite materno é um recurso natural, completo e acessível, com potencial de salvar vidas e transformar o futuro de milhares de crianças. Ele é considerado o alimento mais completo para o bebê nos primeiros meses de vida, pois contém todos os nutrientes necessários, anticorpos que fortalecem a imunidade e é de fácil digestão”.

Além disso, a especialista destaca a importância na promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho, que reduz riscos de doenças respiratórias, diarreias e até obesidade no futuro. “Nosso papel como profissionais de saúde é oferecer informação de qualidade e apoio contínuo para que mais mulheres possam amamentar de forma segura, tranquila e com confiança”, afirma a médica da Afya Goiânia.

Para auxiliar as mães que amamentam e também as que estão se preparando para este momento, a Dra. Marcela compartilha algumas dicas fundamentais:

1. Priorize uma alimentação equilibrada

Durante a gravidez e o período de amamentação, é fundamental que a mãe mantenha uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes essenciais. Isso significa consumir boas fontes de proteínas magras, como ovos, carnes magras, peixes e leguminosas, além de incluir gorduras saudáveis presentes no abacate, azeite de oliva, castanhas e sementes. Os carboidratos devem ser preferencialmente integrais, como arroz integral, aveia e batata-doce, sempre acompanhados de uma boa variedade de frutas e vegetais, que são importantes para fornecer vitaminas, minerais e fibras.

2. Hidratação é essencial

A hidratação também merece atenção especial. Como a produção de leite aumenta a necessidade de líquidos, recomenda-se que a mãe beba pelo menos 2,5 a 3 litros de água por dia. Chás leves como camomila e erva-doce podem ser bons aliados, mas o consumo de refrigerantes, bebidas açucaradas e cafeína deve ser limitado, pois podem afetar tanto a saúde da mãe quanto o bem-estar do bebê.

3. Suplementação pode ser necessária

Durante o período de amamentação, a suplementação pode ser necessária para garantir a saúde da mãe e o pleno desenvolvimento do bebê, mas sempre deve ser feita com acompanhamento médico. Nutrientes como ferro, vitamina D, cálcio, ômega-3 (especialmente o DHA), iodo e vitamina B12 podem precisar ser suplementados conforme as necessidades específicas de cada mulher. O ferro, por exemplo, é essencial para prevenir anemia, sobretudo em casos de perda sanguínea no parto. Já a vitamina D contribui para a imunidade e o metabolismo ósseo, enquanto o DHA é fundamental para o desenvolvimento neurológico do bebê, especialmente se a mãe não consome peixes com regularidade. O iodo, por sua vez, é importante para o bom funcionamento da tireoide, que tem papel direto na produção de leite. Mulheres vegetarianas ou veganas devem ter atenção especial à vitamina B12, cuja suplementação costuma ser indispensável. Em alguns casos, pode-se indicar um polivitamínico pós-natal, desde que fundamentado em exames laboratoriais e na avaliação clínica.

4. Evite dietas restritivas

É importante lembrar que esse não é o momento ideal para fazer dietas restritivas ou tentar emagrecer rapidamente. O foco deve ser oferecer ao corpo todos os nutrientes necessários para a produção de leite e recuperação do parto. Dietas muito restritas podem prejudicar a qualidade do leite e a saúde da mãe. Por isso, o ideal é realizar refeições equilibradas e fracionadas ao longo do dia, garantindo energia constante e prevenindo picos de fome.

5. Limite alimentos ultraprocessados

Evite produtos com excesso de açúcar, sódio e aditivos químicos. Isso pode afetar sua saúde e, indiretamente, o bebê.

6. Atenção ao consumo de cafeína e álcool

O consumo de álcool deve ser evitado, pois pode passar para o leite; caso ocorra, é necessário respeitar um intervalo de pelo menos 2 a 3 horas por dose antes de amamentar. A cafeína também deve ser limitada, pois em excesso pode deixar o bebê mais irritado ou atrapalhar o sono dele.

7. Fique atenta a possíveis alimentos que causam desconforto no bebê

Alguns alimentos podem causar desconfortos intestinais no bebê, como cólicas ou gases, mas isso varia muito de criança para criança. Não é necessário excluir alimentos como feijão, brócolis ou repolho preventivamente. A recomendação é observar a reação do bebê e discutir com um profissional antes de fazer restrições alimentares desnecessárias.

8. Coma pequenas porções, várias vezes ao dia

Isso ajuda a manter a energia estável, evita picos de fome e melhora o controle do peso a longo prazo.

9. Tome cuidado com “chás milagrosos”ou receitas caseiras

Nem todo chá é seguro na amamentação (como boldo, sene, hibisco). Sempre pergunte ao seu médico ou nutróloga.

Sobre a Afya

A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil, e "Valor 1000" (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio "Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar. 


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