Rumos da Medicina Intensiva pós-pandemia

“A Covid foi um divisor de águas, a medicina intensiva não será mais a mesma após a pandemia”, afirma o médico intensivista Rafael Deucher, presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Paraná - Sotipa. Segundo o Dr. Rafael, após um longo período, finalmente o atendimento na UTI voltou ao normal, os profissionais conseguem se dedicar e dar mais atenção a todos os casos e não mais ter o olhar voltado exclusivamente aos pacientes de Covid.

Durante a pandemia passamos por um período crítico, pois estávamos lidando com algo novo, desconhecido e tínhamos que nos dedicar com exclusividade para atender aos pacientes infectados. Hoje o cenário é outro, a Covid é tratada como uma doença respiratória normal, como se fosse uma pneumonia viral, uma pneumonia bacteriana. “Agora há leitos disponíveis para tratar todos os problemas de saúde. Podemos ampliar o olhar para as outras doenças, nos dedicar ao atendimento e monitorar melhor cada caso”, destaca o médico.

O Dr. Rafael conta que a pandemia humanizou e aproximou a medicina intensiva das pessoas, os médicos e enfermeiros intensivistas eram a única forma de contato humano para os pacientes. O profissional da UTI era o elo entre o paciente e o familiar durante os momentos de tensão e incerteza.

Por isso, para falar sobre os ensinamentos e toda bagagem adquirida durante a pandemia, abordar os novos caminhos, as tendências, novidades, estudos e buscar melhorias no tratamento de outras patologias, a Sotipa, em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), promoverá nos dias 23 a 26 de agosto o XIX Congresso Sul-Brasileiro de Medicina Intensiva.

Durante os quatro dias serão realizados debates, discussões e exposições dos principais temas relacionados à terapia intensiva com a presença de especialistas de renome nacional e internacional da medicina intensiva nas áreas de enfermagem, fisioterapia, pediatria, psicologia, com protocolos e cases de sucesso sobre ventilação mecânica, terapias em sepse, terapia de tratamento de doenças fúngicas, neurointensivismo, humanização e cuidados paliativos, nutrição enteral/parenteral, profilaxias para trombose, transplante e trauma, gestão, qualidade e segurança, acompanhamento pós-UTI, prevenção de infecções, sedação e analgesia, curativos e cuidados com a pele, temas pediátricos, entre outros assuntos relacionados à prática de terapia intensiva.

O seminário será realizado na sede da Associação Médica do Paraná, localizada na Rua Cândido Xavier, nº 575, no bairro Água Verde, em Curitiba. As inscrições podem ser realizadas pelo site sotipa.com.br. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (41) 3343-8842 e 3243-3145 ou pelo e-mail .

Sobre a SOTIPA - Criada em março de 1981, a Sociedade de Terapia Intensiva do Paraná tem a finalidade de reunir indivíduos e instituições paranaenses ligadas à medicina intensiva, assim como promover o desenvolvimento científico, didático e operacional para melhoria da qualidade do atendimento prestado ao paciente grave; divulgar, entre leigos, a finalidade e propósitos das terapias intensivas e zelar pela proteção dos direitos dos doentes graves. A instituição é presidida, no biênio 2022-2023, por Dr. Rafael Deucher, médico intensivista, membro do Centro de Estudos e Pesquisa em Emergências Médicas e Terapia Intensiva - CEPETI e professor do curso de Medicina da UFPR.

Desenvolvimento das UTIs - A ideia teve início no século passado com a necessidade de na guerra colocar as pessoas com casos mais graves em um mesmo ambiente, no qual os enfermeiros poderiam dar mais atenção aos pacientes, mas o conceito como unidade de pacientes críticos surgiu na década de 30, quando ocorreu um surto de poliomielite e houve a necessidade de manter os pacientes em respiradores e reunidos em um local único.

SERVIÇO
XIX Congresso Sul-Brasileiro de Medicina Intensiva
Quando: de 23 a 26 de agosto
Onde: Rua Cândido Xavier, 575 - Água Verde (sede da Associação Médica do Paraná) - Curitiba - Paraná
Informações: 41 3343-8842, 3243-3145 ou I sotipa.com.br