Linfomas: tudo o que você precisa saber

Como existem várias apresentações diferentes, podemos dividir os linfomas em dois grupos: os linfomas de Hodgkin e os não-Hodgkin (LHN).

O Linfoma de Hodgkin, habitualmente, se multiplica de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para o outro. As células de defesa do corpo (linfócitos) se transformam em uma célula maligna, se multiplicando e espalhando a doença pelo corpo. Já o linfoma não Hodgkin (LHN), que tem mais de 20 subtipos diferentes, tem origem nas células do sistema imunológico que, alteradas, se multiplicam de maneira desordenada.

Para o triênio (2020/2022), segundo o INCA, estima-se 2.640 novos casos, para Linfomas de Hodgkin, e 12.030 para Linfoma não Hodgkin (LHN).

Fatores de risco

Algumas doenças virais podem estar relacionadas ao surgimento de linfomas. Pessoas com o sistema imune comprometido, portadores de HIV ou que fizeram uso de drogas imunossupressoras (indicadas para alguns casos de transplante) fazem parte do grupo de risco para ambos os tipos de linfoma. O LNH possui ainda outros fatores que podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença como o contato com algumas substâncias químicas.

Sintomas

Como os linfomas podem surgir em qualquer parte do corpo, cada região possui uma maneira de manifestar a doença. Os sintomas mais comuns são ínguas (linfonodos) no pescoço, axila e/ou virilha. Suor excessivo, febre, coceira no corpo e perda de peso sem motivo aparente podem ser indícios da doença. No entanto, outras doenças também apresentam os mesmos sintomas. Por isso, a consulta com um profissional médico é indispensável.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado por meio dos exames indicados para cada tipo de linfoma. Para Linfoma de Hodgkin, é feita a biópsia da parte afetada. No caso no Linfoma não Hodgkin, o diagnóstico pode ser feito por punção aspirativa e biópsia de linfonodos ou áreas suspeitas. A tomografia computadorizada e ressonância magnética são úteis para identificar áreas doentes e também para orientar as biópsias.

O PET-CT é um exame de imagem que pode nos mostrar áreas comprometidas e auxiliar nas decisões de tratamento e acompanhamento dos doentes.

Tratamento

Após o diagnóstico, são constatados o tipo e o estágio do câncer, permitindo que o médico defina o melhor tratamento para o paciente: quimioterapia, em alguns casos associada à imunoterapia, radioterapia e/ou transplante de medula óssea. A doença é tratável quando diagnosticada no início e realizado o tratamento adequado.

Algumas formas de linfoma permitem que o doente possa ser apenas monitorado e ter seu tratamento iniciado quando atingir determinados critérios que indiquem o início da terapia.

Prevenção

A melhor prevenção é evitar ao máximo a exposição aos fatores de risco, às substâncias químicas, além de manter uma alimentação saudável, com muitas frutas e verduras.

Serviço
O Hospital Amaral Carvalho (HAC) atende em média 70 mil pacientes anualmente de todos os estados e realiza mais de um milhão de procedimentos como radioterapia e quimioterapia. É referência em tratamento oncológico e o primeiro hospital do interior paulista especializado em câncer. Possui também três casas de apoio que oferecem apoio social aos pacientes, com 60 mil diárias de hotelaria e 300 mil refeições gratuitamente.