Pessoas que vivem em área de conflito têm mais riscos cardiovasculares
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Maria Amelia Pedro Saad
- SEGS.com.br - Categoria: Saúde
Infartos, diabetes e AVC são problemas comuns a quem sofre os traumas da guerra; pessoas que vivem em área de violência e vulnerabilidade social também estão sujeitas
Desde a invasão da Rússia à Ucrânia, o mundo está atento às questões humanitárias, sobretudo envolvendo a população civil da região afetada. Dentro deste contexto, o Hospital Pró-Cardíaco destaca uma pesquisa que aponta a importância dos cuidados com a saúde cardiovascular de pessoas que vivem em áreas de conflito. Além dos ferimentos provocados por bombas e outros artefatos bélicos, doenças infecciosas e traumas psíquicos, ficou comprovada uma maior vulnerabilidade à ocorrência de infarto, diabetes e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Os resultados foram obtidos pelo Imperial College London e pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido, a partir de uma revisão sistemática que englobou 65 estudos, incorporando informações de 23 conflitos armados em países de baixa e média rendas como Síria, Líbano, Bósnia, Croácia, Palestina, Colômbia e Sudão.
Os pesquisadores observaram que os danos psicológicos causados pela guerra estão ligados a estes problemas cardiovasculares. “O aumento do estresse e da ansiedade pelo fato de o indivíduo viver em uma zona de combate, e a situação de tensão pode elevar a pressão arterial, agravar ou dar início a comportamentos de risco para doenças cardiovasculares, como fumar e ingerir álcool” explica o cardiologista do Pró-Cardíaco, Cláudio Tinoco Mesquita.
O cardiologista ainda explica que as pesquisas demonstram que nessas situações, o acesso aos sistemas de saúde é diretamente afetado durante conflitos como o que acontece na Ucrânia. “Muitas vezes, pessoas que fazem uso contínuo de medicamentos vitais para a saúde cardiovascular ficam impossibilitadas devido ao fechamento de hospitais, bloqueio de vias de acesso, além da escassez de remédios”, diz.
O Brasil também é afetado
Além de lugares em guerra como a Ucrânia, pessoas que vivem em regiões de conflito, em vulnerabilidade econômica e social também sofrem maior risco cardiovascular. Um estudo publicado pelo Journal of the American College of Cardiology (JACC) mostrou que moradores de áreas com maior criminalidade têm maior estresse e inflamação arterial.
Os pesquisadores estudaram exames diagnósticos por imagem a ativação do centro do estresse no cérebro, na região da amígdala e a captação de FDG (fluordeoxiglicose) na parede arterial como marcador de inflamação.
De acordo com Tinoco estes resultados são importantes para pensar as condições de saúde de pessoas que vivem em área de risco também no Brasil, e alerta que assim como nos estudos sobre populações que vivem em regiões de guerra, o estresse também é um gatilho para quem vive em vulnerabilidade. “Os menores níveis socioeconômicos se relacionaram à maior ativação da amígdala e a uma predição independente de maiores taxas de eventos cardiovasculares”, ressaltou.
O especialista aponta que a violência sempre traz danos, e mesmo que eles não sejam físicos, como demonstram ambos os estudos, as pessoas atingidas pela violência através do impacto emocional, têm consequências cardiovasculares muito negativas.
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