Envelhecimento e pandemia impulsionam terapia que retarda ou evita cirurgias na coluna
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Moura Leite Netto
- SEGS.com.br - Categoria: Saúde
A maior população de idosos, sedentarismo, trabalho em home office, má postura corporal e maior conhecimento da comunidade médica sobre os benefícios para seus pacientes possibilitam a disseminação da radiologia intervencionista com terapia que retarda ou evita cirurgias na coluna e reduz uso crônico de medicamentos para controle da dor. Tema é destaque no GERME 2022, evento da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR), em São Paulo, na sexta (18) e sábado (19). Programação: www.spr.org.br/evento/120/curso-tematico-anual-do-germe/programacao
Enfraquecimento dos ossos ao longo dos anos, falta ou excesso de exercícios, má postura corporal, movimentos inapropriados e excesso de horas em frente ao computador são algumas das condições que levam à alta incidência de dor lombar, considerada a principal causa de perda de qualidade de vida em adultos, sendo responsável por acometer oito em cada 10 pessoas ao longo da vida. Como opção minimamente invasiva para tratar estas lesões, as infiltrações em radiologia intervencionista na coluna oferecem alívio de dor, redução de uso de corticoides e analgésicos, assim como retardam e evitam cirurgias. A terapia é destaque da 12ª edição do Curso Temático Anual do Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética da SPR (GERME), evento que acontece na sexta (18) e sábado (19) no Hotel Pullman, em São Paulo.
O módulo Coluna do GERME 2022 trará aulas sobre infiltrações na coluna lombar e cervical com os radiologistas brasileiros Marco de Andrade Bianchi e Afrânio dos Reis Teixeira Neto. A infiltração na coluna é um procedimento que atua no diagnóstico, identificando com precisão o local da lesão e também é um tratamento minimamente invasivo, que diminui ou até mesmo elimina o processo inflamatório. Com radiologia intervencionista, uma agulha vai até o ponto central de dor do paciente, sendo aplicada uma dose alta de corticoide no local exato, gerando um efeito positivo de longo prazo. “Há pacientes que fazem apenas uma infiltração e melhoram, ao ponto de não precisar retornar mais. Outros, com alterações crônicas, precisam repetir o procedimento anualmente ou antes. Os quadros clínicos são variáveis”, destaca Teixeira Neto, médico radiologista do Fleury e Hospital Sírio-Libanês.
O especialista explica que é crescente o encaminhamento de pacientes para a radiologia intervencionista por conta da reconhecida evolução da técnica. “Mais colegas têm solicitado a radiologia intervencionista por ver que o procedimento otimiza os resultados e melhora a qualidade de vida do paciente. São procedimentos feitos por raio X dinâmico e, recentemente, temos o uso da tomografia computadorizada, que otimizou os ganhos”, explica Teixeira Neto. Embora haja gargalos no acesso, principalmente no SUS, com uma menor oferta de máquina, na Saúde Suplementar a infiltração está bem difundida. “Os planos de saúde estão percebendo o quanto é menos oneroso ofertar a oportunidade de se fazer a infiltração, evitando que o paciente necessite de uma cirurgia”, aponta.
A infiltração tem uma diversidade de indicações. Por meio dela é possível tratar, por exemplo, a artrite degenerativa (osteoartrite) da coluna vertebral, que causa dor e espasmos musculares; discopatia degenerativa, um envelhecimento fisiológico natural do disco, podendo causar hérnias (deslocamento do disco dentro da vertebra), dentre outras lesões nas colunas lombar e cervical. Contextualizando a alta prevalência destas lesões, um estudo conduzido por pesquisadores italianos e publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health apontou que 23,5% das pessoas que estavam em trabalho remoto se queixavam de dores cervicais e 41%, de dores lombares.
Expertise francesa – Entre os países com maior experiência na realização de infiltrações com tomografia computadorizada está a França. Diretamente do país da Europa mediterrânea, o GERME 2022 trará aulas (gravadas) dos radiologistas intervencionistas Philippe Brunner, do Princess Grace Hospital Centre e Catherine Cyteval, do Hôpital Lapeyronie. Ambos vão compartilhar suas expertises com intervenção guiada por tomografia computadorizada com acesso articular posterior cervical e acesso epidural. “Será uma rica oportunidade de aprendizado sobre diferentes posicionamentos, que não fazemos ainda no Brasil. Além disso, no geral o fluxo deles já é bem maior, pois a técnica é mais difundida por lá. Eles fazem de 30 a 40 diferentes tipos de procedimentos e ao longo da semana, têm dias dedicados, exclusivamente, para as infiltrações”, comenta Teixeira Neto.
Por que é importante evitar medicações e cirurgia? – Em linhas gerais, os tratamentos ortopédicos são reabilitações, como a fisioterapia e a analgesia por meio de eletroterapia. Quando o paciente está em crise por conta de lesão na coluna a proposta inicial é atenuar o quadro de dor com uso de anti-inflamatório ou corticoide via oral ou intramuscular. Nestes casos, há necessidade de doses altas, para atingir um bom efeito sistêmico e estes medicamentos precisam ser administrados por um longo tempo. “Ao contrário do uso excessivo de anti-inflamatórios ou corticoides, a imagem por tomografia permite que se saiba onde exatamente o medicamento está sendo aplicado, do começo ao fim do procedimento. “Sei onde estou colocando as soluções de corticoide e analgésico”, destaca Teixeira Neto.
Quando comparado com a cirurgia, a principal vantagem da radiologia intervencionista está em ser menos onerosa para o sistema de saúde e, principalmente, por oferecer melhor qualidade de vida para o paciente. “A cirurgia é um procedimento mais agressivo, que mexe no osso, tecido e disco, por exemplo. Há necessidade de centro cirúrgico, anestesia geral, recuperação pós-cirúrgica e até mesmo, dependendo do caso, UTI. Já a infiltração tem um custo muito mais baixo é bem menos agressiva e feito com anestesia local. O paciente recebe alta no mesmo dia”, explica.
Este módulo do Germe 2022 terá também uma aula sobre mielografia/mielotomografia, com o médico radiologista Marcello Henrique Nogueira-Barbosa. A programação completa está disponível em https://www.spr.org.br/evento/120/curso-tematico-anual-do-germe/programacao.
Sobre o GERME 2022 – A 12ª edição do Curso Temático Anual do Grupo de Estudos de Radiologia Muscoesquelética (GERME), da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR) acontece nos dias 18 e 19 de março, no Hotel Pullman, em São Paulo. A programação conta com oito módulos: Introdução, Procedimentos de Baixa Complexidade, Membro Superior, Miscelânea, Coluna, Oncologia, Biópsias e Discussão de Casos.
Sobre a SPR - Com mais de 8 mil associados, a Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR) atua desde 1968 em prol dos radiologistas, do desenvolvimento científico e da dinamização da especialidade. Nesse contexto estão eventos, educação digital, cursos, publicações, entre outras atividades. Dentre as principais ações da SPR está a Jornada Paulista de Radiologia (JPR), evento anual, o maior desse gênero na América Latina. Além disso, a SPR também conta com parcerias internacionais e faz convênios com entidades médicas de outros países, que proporcionam benefícios a profissionais da radiologia, como intercâmbios científicos e descontos em cursos.
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