Gravidez na adolescência: um problema de saúde pública
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Jaciara Rosa
- SEGS.com.br - Categoria: Saúde
SOBRASP alerta para o acesso à atenção primária e qualificação do atendimento profissional ao jovem como estratégias de prevenção da gestação que traz riscos para meninas e bebês
A gravidez na adolescência é considerada de risco e um problema de saúde pública, especialmente quando ocorre abaixo dos 14 anos de idade. No bebê, pode resultar em baixo peso ao nascer, prematuridade e outras complicações, até mesmo o óbito.
O abandono escolar é preocupante e pode atingir mais de 85% das adolescentes grávidas no país, especialmente se tiverem piores condições socioeconômicas. E quanto menor a idade e mais baixa a renda familiar, maior a chance de uma reincidência de gestação no período da adolescência.
Por sua vez, entre as causas de uma gravidez precoce estão a falta de acesso aos serviços de saúde e o uso inadequado dos métodos anticoncepcionais.
Com o objetivo de unir forças durante a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, de 1º a 8 de fevereiro, a Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente - SOBRASP alerta para importantes ferramentas de promoção da saúde global dos adolescentes e que podem contribuir para uma escolha mais consciente do melhor momento de gestar.
Além do acesso dos jovens aos serviços de atenção primária à saúde, o Grupo Temático de Trabalho em Pediatria da SOBRASP chama a atenção para a qualificação do atendimento aos adolescentes.
“O profissional que está frente a um adolescente deve atender este jovem de forma global, isto é, tentando entender para além da queixa principal que motivou a consulta. Este processo integral é importantíssimo para que as orientações dadas em consulta sejam de fato realizadas pelo jovem que acabou de ser atendido”, afirma a médica de adolescente, Priscila Amaral, membro do Grupo de Trabalho da SOBRASP.
Segundo a especialista, algumas dicas são importantes:.
- O atendimento deve ser feito em linguagem clara, sem o “mediquês”;
- Entender o universo jovem é desejável ao atender essa população, mas não é fundamental. Utilizar gírias e trejeitos em demasia pode ter efeito contrário e repelir o adolescente.
- Uma ferramenta importante na área da segurança do paciente e que podemos utilizar é o check-back: solicitar ao adolescente que diga o que entendeu da consulta e das orientações é bastante útil.
HEEADSSS: instrumento para a melhoria do atendimento
Como sugestão de melhoria no atendimento prestado aos adolescentes pelos serviços de saúde, a SOBRASP também sugere a utilização de um instrumento para auxiliar os profissionais durante as consultas: a ferramenta HEEADSSS elaborada em 1971 pelo Dr Harvey Berman, atualizada em 2004 e referência da Sociedade Brasileira de Pediatria.
“É um instrumento muito útil e de fácil aplicação cujo objetivo é realizar um checklist na consulta do adolescente, abrangendo de forma global a saúde deste jovem”, explica Priscila. Cada letra da sigla, em inglês, se refere a um aspecto da vida do adolescente: Home (casa); E (Educação/emprego); A (Atividades); D (Drogas); S (Sexualidade); S (Segurança); S (Suicídio).
Confidencialidade e decisões garantidas pela Convenção sobre os Direitos da Criança
Priscila ressalta que, de acordo com a Convenção sobre os Direitos da Criança, o adolescente tem direito à confidencialidade para este aconselhamento sobre a saúde sexual e reprodutiva, independentemente do consentimento dos genitores ou dos responsáveis. “A confidencialidade é essencial para a construção da relação de confiança e para o adolescente receber os devidos cuidados”, diz.
A partir das informações que receber, e ainda de acordo com a Convenção da ONU, o jovem tem o direito de tomar decisões sobre os cuidados com a sua saúde, inclusive a sexual e reprodutiva, e de consentir sobre os serviços propostos a ele, como os métodos contraceptivos, devendo suas decisões serem sempre respeitadas. A Convenção sobre os Direitos da Criança é o instrumento de direitos humanos mais aceito da história universal. Foi ratificado por 196 países, entre eles o Brasil.
A gravidez na adolescência, no Brasil:
- Mais de 19.000 nascidos vivos de mães com idade entre 10 a 14 anos no Brasil, apenas no ano de 2019. (dados do Datasus)
- Taxa de fecundidade adolescente: 59 nascimentos para cada 1.000 nascidos vivos no Brasil em 2019. Alguns parâmetros pelo mundo: União Europeia (8,9), enquanto África Subsaariana (101,2). (dados do IBGE)
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