Psicóloga fala sobre a valorização da profissão nos tempos difíceis para a saúde mental

“Trabalho na Casa de Saúde Saint Roman há mais de 20 anos e durante todo esse tempo pude observar mudanças nas sintomatologias, nos tratamentos e na busca das pessoas por sua saúde mental. Essa área já foi e ainda é cercada por preconceitos. Quem nunca ouviu falar dessas questões: “Depressão existe mesmo ou é apenas um mi mi mi?”. “Eu não vou fazer terapia com psicólogo, eu não sou maluco”. “Suicídio, quem avisa, não faz”. Mas graças a vários eventos ocorridos na sociedade, algumas dessas crenças têm caído.

Segundo Fernanda, uma das coisas que têm ajudado a combater esse preconceito é, por exemplo, a campanha do “Setembro Amarelo”, que vem colocar a público o suicídio, tema tabu em várias sociedades. Nessa campanha é dado um norte de como se deve conversar, falar e se colocar diante de pessoas que têm esse pensamento ou até já tentaram o suicídio.

"Outro ponto: celebridades têm falado publicamente sobre a melhora nas suas psicoterapias. Também vimos recentemente nas Olimpíadas de Tóquio a ginasta Simone Biles assumindo publicamente o seu limite, não concorrendo a algumas medalhas para preservar a saúde mental".

Ela finaliza dizendo que durante a pandemia, os psicólogos ajudaram e continuam a ajudar muitas pessoas com as consequências, as mudanças e as perdas que todos temos atravessado.

"Houve uma busca muito grande pela psicoterapia. Com isso, estabelecemos os atendimentos online e atingimos um número enorme de pessoas, colocando, assim, a psicologia num lugar de reconhecimento de um recurso inequívoco e eficaz para ajudar as pessoas a atravessarem esses momentos difíceis e de sofrimento. Diante disso, desejo a todos os psicólogos um Feliz Dia e que todos possam hoje ter esse momento de valorizar essa profissão que vem se tornando indispensável à vida humana".