Mamografia garante detecção precoce de câncer de mama, o que eleva as chances de cura para 95%

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, em 2020, foram registrados mais de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, com 18.295 mortes. Um dado positivo é que a doença pode ser detectada já nas fases iniciais, com índices de cura de até 95%. O caminho para isso é a mamografia, uma radiografia das mamas feita pelo mamógrafo, equipamento de raios-X. A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) recomenda a mamografia para mulheres a partir dos 40 anos – e, nos casos em que haja histórico familiar de câncer, dez anos antes da idade que a paciente tinha ao detectar o tumor.

Em Joinville (SC), o Hospital Dona Helena acaba de implantar um novo mamógrafo, totalmente digital, como parte da modernização do Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI): o Mammomat Fusion, da marca Siemens. Os equipamentos digitais, mais avançados que os de tecnologia analógica, permitem diagnosticar o câncer ainda em pequenos focos de calcificação. Entre os benefícios, um conforto maior para as pacientes que realizam o exame – o equipamento exerce uma compressão mais adequada, que se adapta melhor à anatomia da mama. Ainda gera imagem com qualidade superior, com doses otimizadas de radiação nas diferentes espessuras e densidades do tecido mamário.

“A redução no tempo de exame, até cinco vezes mais rápido que o convencional, é outra das muitas características desse mamógrafo, o que otimiza o fluxo de trabalho”, destaca Marcus Vinícius Bortolotto, físico médico do hospital. A inclusão do equipamento é uma das ações voltadas ao gerenciamento da dose de radiação nos pacientes, trabalho já implementado em outros setores que utilizam radiação para o diagnóstico. “A tecnologia adquirida posiciona o Dona Helena em um patamar de excelência e proporciona uma melhoria consistente na qualidade dos serviços prestados à comunidade”, ressalta Gilberto Hornburg, coordenador médico do CDI.