Cerca de 15% das crianças acima dos 5 anos fazem xixi na cama
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Maria Amélia Saad
- SEGS.com.br - Categoria: Saúde
No Dia Mundial da Enurese, Sociedade Brasileira de Urologia alerta para um problema que impacta a saúde e bem-estar de crianças e famílias. Não se deve castigá-las
Enurese noturna, ou fazer xixi na cama à noite, é uma condição que afeta cerca de 15% das crianças acima de cinco anos, podendo em alguns casos persistir até a vida adulta. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aproveita o Dia Mundial da Enurese (“World Bedwetting Day”), que este ano é celebrado no dia 26 de maio, para orientar os pais e cuidadores sobre o tratamento adequado para as crianças que ainda deixam escapar urina durante a noite.
Fazer xixi na cama é causa de preocupação para os pais e constrangimento para as crianças. Mas, afinal, por que esses escapes acontecem? De acordo com membro no Departamento de Uropediatria da SBU Dr. Edison Schneider, até os cinco anos esse é um comportamento comum. “Há um amadurecimento no mecanismo de continência da urina com a idade, as crianças aprendem a segurar durante o dia mais rapidamente, porém o controle à noite ocorre mais lentamente, podendo haver perdas devido ao relaxamento noturno por período mais prolongado”, explica.
Porém, o urologista aponta que somente após os cinco anos é que essas perdas devem ser consideradas como enurese noturna propriamente dita, podendo ser motivo de preocupação. Sabe-se que o fator hereditário é muito importante, pois se um dos pais teve enurese, a probabilidade de a criança ter o problema é de 40%, se forem os dois, o risco sobe para 77%.
Além do fator hereditário, outras causas biológicas estão associadas, podendo haver deficiência na produção do hormônio antidiurético durante a noite, causando aumento da produção de urina, ou sono muito pesado, que impede a criança de reagir naturalmente e despertar quando a bexiga está cheia, ou ainda contrações involuntárias da bexiga no período noturno.
“Não se pode esquecer que algumas crianças, após terem adquirido controle razoável da urina durante a noite, voltam a ter perdas novamente por algum tempo, por terem sofrido alguma tensão psicológica ou trauma, como nascimento de um irmão, separação dos pais, mudança de escola, acidente físico ou morte na família”, lembra o Diretor do Departamento de Uropediatria da SBU, Dr. Francisco Dénes.
Como proceder
Fazer xixi na cama pode se tornar um problema para toda a família, afetando além da quantidade do sono, também o bem-estar físico e emocional. No desejo de interromper essa condição, muitos pais punem verbalmente ou mesmo fisicamente a criança, fato que os especialistas apontam como extremamente prejudicial.
“Os pais nunca devem punir as crianças, pois elas não fazem isto propositalmente, não é birra, e sim um problema médico que precisa ser tratado”, alerta Dr. Edison Schneider. Ele indica que é importante trabalhar a autoestima das crianças através de ações afirmativas. “Se a criança acordou e a cama está seca, ela deve ser elogiada e acarinhada”, aconselha.
Tratamento
De acordo com Dr. Francisco Dénes, “a enurese noturna simples, isto é, aquela que não está associada a perdas de urina durante o dia, é uma condição benigna, que se resolve na maioria dos casos com o crescimento, mesmo sem tratamento”. Sabe-se que cerca de 15% das crianças com enurese após os cinco anos curam-se espontaneamente a cada ano.
Para acelerar o processo de resolução nas crianças mais velhas, o urologista pediátrico frequentemente recomenda a uroterapia, que consiste em orientações simples como incentivar a micção de três em três horas, mesmo sem sentir necessidade, diminuir a ingestão de líquidos após as 18 horas, evitar alimentos com cafeína e chocolate, ter o hábito de urinar antes de ir para a cama e evitar refeições pesadas à noite. Eventualmente, pode ser recomendado o tratamento medicamentoso, para controlar as contrações involuntárias da bexiga e a falta do hormônio antidiurético, ou o condicionamento com utilização do alarme noturno, que desperta a criança quando esta começa a ter a perda de urina.
Dr. Francisco Dénes ressalta que “se a criança também apresentar perdas persistentes de urina durante o dia, ela deve ser investigada com exames adicionais, para averiguar a possível associação com outras anormalidades do aparelho urinário, as quais eventualmente irão necessitar tratamento específico”. Também se houver concomitantemente alterações importantes do hábito intestinal, seja por perdas de fezes ou por prisão de ventre, isso pode ser um fator de risco para a enurese noturna, que precisa igualmente ser avaliado e corrigido.
Além da consulta e tratamento indicado pelo urologista, recomenda-se ocasionalmente o envolvimento de equipe multidisciplinar com a participação de fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos para suporte das crianças e suas famílias.
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