Mieloma múltiplo: especialista alerta para diagnóstico precoce de câncer na medula óssea
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Guilherme Diefenthaeler
- SEGS.com.br - Categoria: Saúde
O mês de março é voltado para a conscientização sobre o mieloma múltiplo. Com o objetivo de obter diagnósticos precoces, a data foi fixada pela International Myeloma Foundation (IMF), em alerta sobre os sinais e sintomas da doença. De acordo com Ana Carolina Moreira de Carvalho Cardoso, médica especialista em hematologia e transplante de medula óssea, integrante do corpo clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), o mieloma múltiplo é um tipo de câncer que se origina nos plasmócitos, células da medula óssea responsáveis pela produção de anticorpos que atuam no combate de vírus e bactérias. A doença é mais frequente em homens e pessoas acima de 50 anos, com incidência maior em idosos acima dos 65.
“No mieloma múltiplo, os plasmócitos clonais (derivados de clone de células defeituosas) produzem uma proteína anormal, chamada de proteína monoclonal, que se acumula no sangue e na urina. Além disso, perdem a sua função primária e se multiplicam rapidamente, comprometendo a produção das outras células do sangue. Por isso, os pacientes podem ter anemia e outras alterações, como infecções decorrente dessa redução”, detalha a profissional, informando que a doença também pode afetar os ossos, causando dores e fraturas espontâneas, e os rins, causando disfunção renal.
No início, os pacientes podem ser assintomáticos, o que dificulta o diagnóstico nessa fase. “É importante estar sempre atento aos mínimos sinais, como uma anemia leve, ou uma dor leve que o paciente possa relatar”, ressalta a médica. Quando a doença alcança fases mais avançadas, os principais sintomas se desenvolvem. Entre eles, estão: fraturas (decorrentes da destruição óssea, as chamadas lesões líticas, que acompanham o curso clínico da doença, e que podem surgir de forma espontânea ou por meio de um mínimo esforço); dor nos ossos (especialmente na lombar, nas costelas ou nos quadris, e que piora com o movimento, também decorrente das lesões líticas); fadiga ou cansaço causados pela anemia; infecções (ocupação da medula óssea pelas células do mieloma, aumentando o risco do paciente apresentar quadros infecciosos como pneumonia, infecções do trato urinário, infecções da pele, entre outras); redução do volume da urina (provocada por insuficiência renal, já que as proteínas anormais produzidas pelo mieloma em grande quantidade se acumulam nos rins).
Após a suspeita, o primeiro exame solicitado é a eletroforese de proteínas séricas e urinárias, feito com o objetivo de avaliar as proteínas do plasma e da urina e, consequentemente, diagnosticar um pico anormal das mesmas. O procedimento é realizado juntamente com a imunoeletroforese de proteínas séricas e urinárias do paciente, para determinar o tipo exato da cadeia pesada e leve da imunoglobulina. “Após a confirmação de um pico monoclonal, seguimos com a biópsia de medula óssea, para avaliarmos a quantidade de plasmócitos”, aponta a médica. Outros exames também podem ser solicitados em caso de suspeita elevada e exames iniciais normais. A avaliação óssea pode ser feita por radiografias de corpo inteiro, ressonância magnética, tomografia convencional e tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT).
Prevenção e tratamento
O mieloma múltiplo é uma doença sem cura até então. “Porém, com as drogas disponíveis, nosso objetivo é permitir que o paciente tenha qualidade de vida por longos períodos”, frisa, informando que existem pesquisas em andamento em busca de medicações mais eficazes. As classes de medicações mais utilizadas no mieloma são agentes alquilantes, imunomoduladores, anticorpos monoclonais e corticoides. A escolha do tratamento, no entanto, depende de vários fatores, entre eles, sintomas apresentados pelo paciente, idade e comorbidades. “O objetivo é manter o paciente em remissão o maior tempo possível. Sabemos que o maior tempo de remissão é alcançado após o transplante de medula óssea, por isso, nos paciente elegíveis, essa é a primeira opção terapêutica após a quimioterapia.”
A radioterapia é indicada nos casos de plasmocitomas (tipo de tumor formado por plasmócitos), controle de dor e em casos de compressões nervosas. “Já evoluímos muito no tratamento do mieloma múltiplo. Quanto antes fecharmos o diagnóstico, melhor conseguimos tratar os nossos pacientes”, sublinha a hematologista. “O que se recomenda para esta e outras doenças malignas é ter uma vida mais saudável. Como podemos mudar os nossos hábitos para tal? Não fumar, não abusar de bebidas alcoólicas, praticar exercícios regularmente, ter uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras, grãos e reduzir o consumo de carne vermelha, embutidos e produtos industrializados”, recomenda.
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