Para aliviar dor, cirurgia para enxaqueca surge como alternativa aos remédios com efeitos colaterais
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Pedro Del Claro
- SEGS.com.br - Categoria: Saúde
Náuseas, tonturas, sonolência, fraqueza, úlceras no estômago e problemas gastrointestinais são efeitos colaterais dos medicamentos usados para controlar crises de enxaqueca. Já a cirurgia é pouco invasiva e tem o objetivo de descomprimir e liberar ramos dos nervos envolvidos nos pontos de dor
Como toda doença crônica, a Migrânea, conhecida popularmente como enxaqueca, exige um controle que pode ser feito com medicamentos. O grande problema é que a maioria deles traz efeitos colaterais importantes. “Sem medicação específica para doença, o tratamento geralmente é feito com medicamentos anti-hipertensivos, antidepressivos e antipsicóticos, mas os remédios – ainda mais com o uso contínuo – podem causar indisposições como náuseas, tonturas e fraqueza muscular, ou até problemas mais sérios como úlceras no estômago e alterações gastrointestinais”, afirma o médico Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e especialista em Cirurgia de Enxaqueca pela Case Western University. “O benefício da cirurgia, quando bem indicada, é justamente eliminar ou diminuir o uso contínuo dessas medicações, reduzindo também os efeitos colaterais. Além disso, no caso dos remédios, o paciente tem que suportar os sintomas até que eles consigam fazer efeito”, acrescenta.
De acordo com o cirurgião plástico, o uso de medicamentos para o alívio da dor de cabeça da enxaqueca deve ser orientado por um médico, de forma que todo efeito colateral também deve ser relatado ao profissional, a fim de mudar o remédio ou buscar outro tratamento. “A indicação da cirurgia para enxaqueca pode ser feita em qualquer paciente que tenha diagnóstico de Migrânea (Enxaqueca) feito por um neurologista, e que sofra com duas ou mais crises severas de dor por mês que não consigam ser controladas por medicações; ou em pacientes que sofram com efeitos colaterais das medicações para dor ou que tenham intolerância a estas medicações; ou ainda em pacientes que desejam realizar o procedimento devido ao grande comprometimento que as dores causam em sua vida pessoal e profissional”, diz o Dr. Paolo.
A Cirurgia de Enxaqueca é hoje realizada por diversos grupos de cirurgiões plásticos ao redor do mundo e em mais de uma dezena das principais universidades americanas, como Harvard. “Os resultados positivos e semelhantes das publicações dos diferentes grupos comprovam a eficácia e a reprodutibilidade do tratamento”, afirma o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez.
Como a cirurgia age na melhora da enxaqueca – A cirurgia é pouco invasiva e tem o objetivo de descomprimir e liberar os ramos dos nervos trigêmeo e occipital envolvidos nos pontos de dor. “Os ramos periféricos destes nervos, responsáveis pela sensibilidade da face, pescoço e couro cabeludo, podem sofrer compressões das estruturas ao seu redor, como músculos, vasos, ossos e fáscias (tecido de conexão onde se fixam os músculos). Isto gera a liberação de substâncias (neurotoxinas) que desencadeiam uma cascata de eventos responsável pela inflamação dos nervos e membranas ao redor do cérebro, que irão causar os sintomas de dor intensa, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz a ao som”, diz o médico.
Como surgiu a cirurgia para enxaqueca – A Cirurgia para Enxaqueca foi criada e desenvolvida, a partir de 2000, pelo cirurgião plástico Dr. Bahman Guyuron, em Cleveland nos EUA. Desde então, diversas equipes ao redor de todo o mundo vêm realizando este tipo de cirurgia com sucesso. Único médico a realizar a cirurgia em São Paulo, Dr. Paolo Rubez aprendeu detalhes das técnicas cirúrgicas desse procedimento com o Dr. Bahman Guyuron, por meio de sete estágios entre os anos de 2014 e 2019.
Segundo o Dr. Paolo Rubez, o procedimento foi criado a partir de cirurgias estéticas para a região frontal ou superior da face, de forma que o Dr. Guyuron notou que seus pacientes melhoravam das dores de enxaqueca, quando sofriam com o problema. Em 2005, o Dr. Guyuron e sua equipe publicaram um estudo prospectivo com randomização entre um grupo tratado e um controle sem cirurgia, envolvendo no total 125 pacientes. Do grupo tratado 92% dos pacientes obtiveram sucesso com a cirurgia, sendo que 35% apresentaram eliminação completa dos quadros de Enxaqueca. “Nos trabalhos científicos sobre a Cirurgia de Enxaqueca, o sucesso do procedimento é definido como uma melhora de no mínimo 50% na intensidade, duração e frequência das crises. Este mesmo grupo de pacientes foi acompanhado por cinco anos e, em nova publicação de 2011, comprovou-se a manutenção da melhora dos pacientes operados”, afirma o médico.
Tipos de Cirurgia de Enxaqueca – As Cirurgias para Migrânea podem ser de sete tipos principais nas seguintes regiões: Frontal, Temporal e Occipital (nuca). Segundo o Dr. Paolo, para cada um dos tipos de dor existe um acesso diferente para tratar os ramos dos nervos, sendo todos nas áreas superficiais da face ou couro cabeludo, ou ainda na cavidade nasal. O médico explica que cada cirurgia foi desenvolvida para gerar a menor alteração possível na fisiologia local. “Em todos estes tipos o princípio é o mesmo: descomprimir e liberar os ramos do nervo trigêmeo ou occipital, que são irritados pelas estruturas adjacentes ao longo de seu trajeto”.
Por fim, o Dr. Paolo Rubez enfatiza que as cirurgias são realizadas em ambiente hospitalar e sob anestesia geral e em alguns casos sob anestesia local. “A duração da cirurgia, para cada nervo, é de cerca de uma a duas horas, e o paciente tem alta no mesmo dia para casa”, finaliza.
PAOLO RUBEZ: Cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. O médico é especialista em Cirurgia de Enxaqueca pela Case Western University, com o Dr Bahman Guyuron (em Cleveland – EUA) e em Rinoplastia Estética e Reparadora, pela mesma Universidade e pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP.
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