Dia Mundial de Cuidados Paliativos: sobre pacientes e cuidadores que querem viver bem!
A cada ano, mais de 25 milhões de pessoas enfrentam intenso sofrimento físico e psicológico na evolução de doenças crônicas graves. Este número assombroso inclui 2,5 milhões de crianças.
Com o objetivo de criar uma ação unificada que promova a qualidade de vida dos pacientes que enfrentam doenças graves e que estão sob ameaça da continuidade da vida, a Worldwide Hospice Palliative Care Alliance criou o “Dia Mundial de Cuidados Paliativos”, que acontece anualmente no segundo sábado de outubro, e será celebrado no próximo dia 12.
O tema deste ano é “Meu Cuidado, Meu Direito” e aborda a importância de mobilizar comunidades, particularmente voluntários, para garantir o direito dos pacientes à assistência paliativa e criar oportunidades para discutir os entraves atuais à sua implementação.
Essa realidade, no entanto, poderia ser muito diferente. “Uma doença que limita a vida não precisa limitar a autonomia e a capacidade de alguém de viver com qualidade” ressalta a Enfermeira Marcella Tardeli, uma das organizadoras do livro “Cuidados Paliativos: diretrizes para melhores práticas” e cofundadora do perfil do Instagram Ophicina de Cuidados Paliativos.
Segundo a Médica Ana Lucia Coradazzi, também da Ophicina de Cuidados Paliativos e autora do blog nofinaldocorredor.com, “não se trata de uma ação meramente técnica ou política, mas da preservação de um direito humano tão básico quanto a alimentação ou a educação. Oferecer estratégias de assistência adequada no cenário paliativo é, em última instância, uma forma eficaz de reduzir o sofrimento no mundo”.
As duas especialistas concordam que duas questões merecem uma reflexão: o que cada um de nós, profissionais da saúde, pacientes, familiares ou membros da comunidade, tem feito para assegurar esse direito básico? Quais as estratégias que apoiamos em termos de divulgação de conhecimento, assistência, políticas institucionais, ou mesmo questões filosóficas, para que a diminuição do sofrimento causado por condições graves seja uma realidade?
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