Cardiologista explica como nova regulamentação da Anvisa pode contribuir para a saúde do coração
Hoje liberada, gordura trans consumida em excesso pode provocar doenças cardiovasculares
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) instaurou um processo para reduzir ou até proibir o consumo de gordura trans no País. O tipo de gordura que não é natural (feita artificialmente pela indústria a partir de óleo vegetal) pode trazer um impacto significativo no sistema cardiovascular, como explica o Dr. Diego Gaia, coordenador de cardiologia do Hospital Santa Catarina (SP).
"A gordura trans diminui os índices do colesterol bom, o HDL, que possui a função de limpar o excesso de colesterol dos vasos. Além disso, aumenta os níveis de colesterol ruim, o LDL, que contribui para entupir os vasos sanguíneos. A partir disso, o fator de risco para doenças cardiovasculares aumenta consideravelmente", diz o especialista.
No processo em que a Anvisa deu entrada, há dois caminhos possíveis. O primeiro é estabelecer limites de gordura hidrogenada em alimentos industrializados. O segundo, é mais radical: a proibição completa. Dessa forma, alimentos como margarinas, biscoitos e sorvetes seriam vetados. Dr. Diego, porém, ressalta que o consumidor só teria a ganhar com uma possível nova regulamentação.
"Esses alimentos jamais sairão do mercado, pelo fato de serem extremamente populares. O que deve acontecer é a substituição da gordura trans por outro componente de maior qualidade, menos danoso ao nosso organismo", explica.
Doenças cardiovasculares graves podem ser ocasionadas com o consumo excesso de gordura trans
"O indivíduo que ingere este tipo de gordura em excesso está sujeito à doença arterial coronariana, pressão alta, insuficiência cardíaca e até mesmo a parada do coração, em casos mais extremos. Neste caso, a consulta com um cardiologista tem de ser feita o quanto antes. Se for aprovada, a nova regulamentação salvará vidas, com certeza", conclui o médico do Hospital Santa Catarina (SP).
Hospital Santa Catarina
O Hospital Santa Catarina, que completou 113 anos de fundação em 2019, prima pela excelência no atendimento seguro e humanizado. Referência de qualidade em serviços de saúde no Brasil, atende desde pequenos procedimentos até cirurgias de alta complexidade. A instituição filantrópica é parte da Associação Congregação de Santa Catarina, a qual compõe uma rede social que atua nos eixos da saúde, educação e assistência social. Congrega cerca de 13 mil colaboradores, distribuídos em diversas obras sociais e programas de apoio em sete estados brasileiros.
Com infraestrutura moderna, equipamentos de última geração e profissionais altamente qualificados, o Hospital Santa Catarina dispõe de 324 leitos, sendo 85 de UTI, 16 salas de cirurgia, cinco Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs neurológica, cardiológica, pediátrica, geral e multidisciplinar) e pronto atendimento 24 horas.
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