Mais do que uma incrível atividade turística, fazer safári na África do Sul é, também, um exercício de conscientização ambiental. Por lá, o compromisso dos Parques Nacionais e das Reservas Privadas é, acima de tudo, com a preservação do meio ambiente, da fauna e da flora locais. Sendo assim, os passeios pela savana incluem sempre verdadeiras aulas por parte dos guias, que compartilham os desafios apresentados diante de problemas como a caça ilegal e os esforços realizados para combatê-la. Recentemente, o Sabi Sabi Private Game Reserve, localizado nos arredores do Kruger National Park, ofereceu aos hóspedes a chance de não apenas ouvir, mas ver e participar dessas ações, se juntando a profissionais para uma operação de remoção de chifres de rinocerontes – prática reconhecidamente necessária para a proteção desse animal tão importante.

Entre os dias 19 e 21 de maio de 2025, uma extraordinária operação de conservação ocorreu na Sabie Game Reserve (SGR), que abriga diversas reservas. Ao longo de três dias, equipes compostas por veterinários especializados, conservacionistas, pilotos de helicóptero, unidades anti-caça ilegal, além de equipe administrativa, uniram forças em uma poderosa demonstração de colaboração para realizar uma intervenção vital: a remoção de chifres dos rinocerontes — uma das ações práticas mais importantes na proteção da vida selvagem moderna.

Não foi uma decisão tomada levianamente, mas que envolveu muitos estudos e evidências de sucesso. No mundo atual, onde a caça ilegal continua sendo uma das maiores ameaças à sobrevivência dos rinocerontes, a retirada dos chifres é uma das medidas mais eficazes e humanas de dissuasão. Desde o lançamento do programa de remoção de chifres do Sabi Sabi em 2022, nenhuma perda de rinoceronte por caça ilegal foi registrada na reserva — um verdadeiro testemunho do impacto desse programa.

Ciente da importância de envolver os hóspedes nas práticas de conservação, o Sabi Sabi convidou um grupo de 30 visitantes para testemunhar a iniciativa, não só observando de perto, mas participando do processo.

As operações começavam ao nascer do sol, com uma detalhada orientação de segurança e conservação realizada pela equipe veterinária e pela administração da reserva. Em seguida, os hóspedes acompanhavam as unidades aéreas e terrestres na localização dos rinocerontes, sobrevoando a área em uma pequena aeronave de asa fixa. Identificado um animal ou grupo adequado, uma equipe de helicóptero, que incluia veterinário especializado em fauna silvestre, era mobilizada até o local.

Os visitantes assistiam à uma distância segura enquanto o rinoceronte era sedado e cuidadosamente guiado até espaço adequado para o procedimento. Com o efeito da sedação, as equipes terrestres se aproximavam para realizar o processo. Os olhos e ouvidos do animal eram gentilmente cobertos para minimizar o estresse, oxigênio era administrado conforme necessário, e a reversão parcial do sedativo garantia uma respiração mais segura. Todos os procedimentos eram realizados sob rigorosa supervisão profissional, com o máximo de cuidado e respeito. Durante a intervenção, dados vitais eram coletados — incluindo amostras de DNA, implantação de microchips e medições biométricas. O chifre era removido com precisão acima da placa de crescimento, garantindo a segurança e o conforto do animal, e a área remanescente era tratada para evitar rachaduras ou infecções. Cada chifre era etiquetado com segurança e vinculado ao perfil de dados único do rinoceronte.

Sob orientação cuidadosa, os hóspedes tiveram a rara oportunidade de auxiliar a equipe durante os procedimentos, antes de se deslocarem para uma zona segura enquanto os veterinários aplicavam o fármaco de reversão. Eles, então, observavam a recuperação do rinoceronte. “Ver o trabalho em equipe, o cuidado e o profissionalismo de toda a operação foi inspirador. Esses veterinários e guardas são os heróis anônimos da conservação. Foi uma experiência emocionante e inesquecível,” disse um hóspede.

Embora essencial, o programa de remoção de chifres é apenas uma das muitas iniciativas de responsabilidade ambiental do Sabi Sabi. Desde a proteção da vida selvagem 24 horas por dia à restauração de habitats e a educação, cada aspecto da operação do hotel reflete o compromisso profundo e contínuo com a preservação da biodiversidade local. A redução da pegada de carbono, por exemplo, é parte essencial dessa estratégia, de modo que atualmente o Bush Lodge, o Selati Camp e o Earth Lodge – três dos quatro lodges que compõe o hotel - utilizam energia renovável para sustentar suas operações diárias — reduzindo significativamente a dependência da rede elétrica nacional e proporcionando um ambiente mais silencioso. Essa bem-sucedida transição também serviu como projeto-piloto para a integração solar planejada para a Sandringham Private Game Reserve, antiga reserva negligenciada que agora pertence à Sabi Sabi Collection e está passando por um cuidadoso processo de reabilitação, transformando-se em uma área ecoturística protegida e intocada, com inauguração prevista para meados de junho de 2026.

Com a mudança para energia solar, desde janeiro de 2025 o Sabi Sabi: evitou a emissão de 92 toneladas de CO₂ e a queima de 77 toneladas de carvão, gerando um impacto ambiental equivalente ao plantio de 125 árvores.

Seja através da proteção de rinocerontes, restauração de habitats, energia solar ou engajamento comunitário, o Sabi Sabi reafirma constantemente seu compromisso com um mundo melhor. E convida os hóspedes, parceiros e membros da comunidade a fazerem parte desse esforço coletivo, mostrando a importância de viajar com propósito.

Com mais de 40 anos de tradição no mercado, o Sabi Sabi é um dos lodges de safári mais renomados da África do Sul. A propriedade fica localizada na reserva ambiental de Sabi Sands, ao sudoeste do Kruger National Park, e é formada por quatro lodges cuja decoração é inspirada em diferentes momentos históricos da África do Sul. Há o Selati Camp, em estilo colonial; o Bush Lodge, único que aceita crianças, e o Little Bush Camp, ambos repletos de referências étnicas e contemporâneas; e o Earth Lodge, cuja arquitetura e uso intenso de materiais naturais buscam refletir um futuro “eco-chic”, no qual luxo e natureza co-existem em completa harmonia. Agora, expande sua marca para Sabi Sabi Collection, nova casa do Sabi Sabi Private Game Reserve, bem como de outras propriedades que sejam incorporadas ao grupo, sendo Sandringham Private Game Reserve a primeira delas.