Em uma cidadezinha do interior, o único médico atende preferencialmente em domicílio.

Certa noite, o telefone toca. É o Bastião, chamando o médico porque sua esposa está em trabalho de parto.

Já na casa, o médico pede para o marido sair e se isola com a parturiente, cujos gritos parecem aumentar de intensidade a cada minuto.

Pouco tempo depois, o médico sai do quarto — de onde os gritos continuam — e pergunta ao marido:

– O senhor teria um martelo?

Espantado, o marido vai até a garagem e traz um martelo. O médico o pega com ar compenetrado e volta para o quarto.

Alguns minutos depois, ele retorna:

– O senhor não teria uma faca?

O marido entrega uma boa faca de churrasco. O médico agradece e volta para o quarto, agora com uma expressão ainda mais preocupada, enquanto os gritos continuam aumentando.

Cinco minutos depois, ele aparece de novo:

– O senhor teria uma torquês, uma chave de fenda e uma serra de arco?

Desta vez, o marido não aguenta e pergunta, desesperado:

– Pelo amor de Deus, doutor, o que o senhor está fazendo com a minha mulher?

– Nada! — responde o médico. — Ainda não consegui abrir minha maleta!

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