Juros altos e custos apertam transportadoras
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Marielle Blaskievicz
- SEGS.com.br - Categoria: Economia
Até abril, 638 empresas entraram com pedidos de recuperação judicial e o setor de transporte e logística é um dos mais vulneráveis
O caixa do transporte está no limite. De janeiro a abril, o Brasil registrou 638 pedidos de recuperação judicial, conforme dados da Serasa Experian. No 2.º trimestre de 2025, o saldo de processos em curso chegou 4.965 casos, recorde da série do Monitor RGF, iniciada em 2023.
O advogado Cristiano José Baratto, presidente do Instituto de Estudos do Transporte (IET), diz que a pressão vem de um conjunto conhecido: juros elevados, combustível caro, carga tributária pesada e oscilações de mercado. “A Selic em 15% pressiona o crédito e limita o fôlego das empresas, sobretudo aquelas de pequeno e médio porte”, afirma.
Outro agravante, segundo ele, é o descompasso entre o “débito e o crédito”. Ou seja, o serviço oferecido pelas transportados é pago, geralmente, de 90 a 120 dias depois de realizado, o que compromete o fôlego financeiro das organizações.
Baratto define o setor de transportes e logística como a “espinha dorsal da economia”. “Qualquer falha logística desencadeia atrasos em cascata e falta de produtos. É necessário reconhecer a resiliência do setor, que mantém a operação apesar do ambiente adverso”, comenta.
EXEMPLOS
Casos recentes ilustram a pressão. Baratto conta que, em um deles, uma grande transportadora de carga fracionada obteve o deferimento do processamento de recuperação judicial consolidada, com valor de causa acima de R$ 45 milhões. A firma atribuiu a crise a choques iniciados na greve de 2018 e agravados na pandemia, com oscilação de fretes, aumento de custos e crédito mais caro.
Em outro, uma operadora logística ligada ao agronegócio ingressou com pedido de recuperação judicial, informando passivo superior a R$ 78 milhões e pedindo blindagem temporária para reorganizar dívidas enquanto se avalia a viabilidade operacional.
O QUE ESTÁ EM JOGO
Baratto salienta que esses são alguns casos emblemáticos, porém que apontam um risco sistêmico. “Uma quebra em larga escala afetaria indústria, comércio e abastecimento, que pode afetar o abastecimento em diversos setores, de supermercados a hospitais”, pontua.
Para o presidente do IET, é necessária uma abordagem sistêmica e rápida para evitar mais prejuízos econômicos ao país. De acordo com ele, é fundamental conciliar alternativas de crédito, com linhas e taxas compatíveis com a realidade do setor. Além disso, promover a readequação tributária e regulatória para aliviar o peso fiscal e dar previsibilidade às empresas, que devem investir em eficiência operacional, com gestão, tecnologia e inovação para cortar custos.
“É um esforço conjunto de empresas, governo e entidades”, enfatiza. “O momento é de cautela e, também, de ação estratégica. Buscar eficiência e alternativas de financiamento, ao mesmo tempo em que se cobra mudanças estruturais”, completa.
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