Diário Econômico - Banco Original (cenário internacional, extensão de ciclo na Selic, gás e entrada de capital estrangeiro na B3)
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Diário Econômico
O Diário de hoje comenta a existência de diversos choques no cenário internacional, desde as tensões Rússia-Ucrânia até o bloqueio da cidade de Shenzhen, na China. No Brasil, destaque para a entrada de capital estrangeiro na B3 e a necessidade de extensão do ciclo de alta da Selic.
Comentário Original
Marco A. Caruso | Lisandra Barbero | Eduardo Vilarim
Mercados. Choques por todos os lados. Do leste europeu, os negociadores têm nova rodada de conversas hoje depois da intensificação dos bombardeios nesse fim de semana próximos à fronteira da Ucrânia com a Polônia (um membro da Otan, com riscos claros de escalonamento da crise, portanto). Já nessa manhã, um porta-voz do Kremlin afirmou que a Rússia realizará todos os seus planos na operação da Ucrânia “no cronograma”. Estamos pertos ou longe de um cessar-fogo?
Do leste asiático, a China bloqueou a cidade de Shenzhen -- um hub de comércio para tecnologia com 17,5 milhões de habitantes -- em esforços para combater os surtos de coronavírus nas principais cidades do país. Xangai também já restringe mobilidade. As ações chinesas listadas em Hong Kong tiveram dia deperdas expressivas pela soma de preocupações com o relacionamento próximo com Moscou e novos respingos da Covid sobre a economia.
Por aqui, o conflito reflete negativamente via inflação de alimentos e combustíveis, enquanto ações e câmbio seguem com bom desempenho, enquanto os novos desdobramentos na China pesam negativamente. No fim do dia, os ventos vindos do Mar Negro tendem a ser mais incertos e duradouros; vacinação e medidas econômicas sugerem, a princípio, que os desafios chineses têm solução mais clara.
Em semana se Copom, há muito a ser digerido pelo colegiado. Juntando tudo, nos parece estrategicamente mais acertado manter o plano de reduzir o ritmo de alta da Selic, mas sinalizar a necessidade de estender o ciclo. Essa escolha responde à piora das expectativas de inflação no Boletim Focus de hoje, com o IPCA 2023 se descolando mais da meta, além de contemplar a soma de ruídos do cenário internacional e a ideia de que estamos pertos do final do ajuste monetário, o que pressupõe “ajustes mais finos”.
Capital externo. O investidor estrangeiro já trouxe quase R$ 80 bilhões para a bolsa local neste ano, entre compras no mercado à vista, futuro e ofertas de ações. Em menos de um mês, a B3 já atraiu 57% do volume que entrou no ano passado inteiro. Diante do conflito Rússia-Ucrânia, o Brasil e outros países da América Latina têm se beneficiado da conexão com as commodities.
Caminhoneiros. Segundo a CBN, o governo estuda a concessão de benefício para os caminhoneiros. Dois ministros disseram à rádio que o objetivo é reduzir o impacto do novo aumento do diesel para a categoria e evitar uma possível paralisação. A equipe econômica é contra, pois o subsídio se estenderia também à empresas, como a Vale, e uma política mais focalizada esbarra na lei eleitoral, que proíbe que o governo conceda esse tipo de benefício em ano eleitoral.
GWM. A Great Wall Motors (GWM), a maior montadora privada da China, deve anunciar na quarta-feira que vai abrir uma fábrica em Iracemápolis (SP), local onde funcionava até 2020 uma unidade da Mercedes-Benz. Um investimento de R$ 10 bilhões até 2025. Já no ano que vem, a GWM fabricará ali 25 mil carros híbridos e elétricos. Dois anos depois, quadruplicará esse número.
Gás. Segundo a Folha, o aumento de 16,1% aplicado pela Petrobrás no gás de cozinha já atinge os consumidores no estado de São Paulo e eleva o preço médio do botijão para R$ 150, forçando alguns revendedores a parcelar o valor em até dez vezes no cartão de crédito. O ajuste também impacta o setor de alojamento e alimentação. Segundo a Abrasel-SP, bares e restaurantes devem repassar o reajuste aos poucos para os consumidores, em um intervalo de 30 a 60 dias.
Saúde. Mesmo com a perspectiva de desempenho fraco da economia para este ano, o setor de saúde lidera o ranking de fusões e aquisições e reúne as maiores operações de compra de empresas no Brasil. De 2021 até agora, foram cerca de 150 transações, que movimentaram mais de R$ 20 bilhões. Um exemplo é a fusão, por meio da troca de ações, entre as operadoras de planos de saúde Hapvida e NotreDame Intermédica -- um negócio que cria uma empresa com valor de mercado de R$ 80 bilhões --, e a compra da seguradora SulAmérica pela operadora de hospitais Rede D’or (R$ 10 bi).
Default artificial. No cenário internacional, o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, acusou os países ocidentais de tentarem forçar um “default artificial” da dívida soberana do país com as sanções econômicas aplicas a Moscou. As sanções congelaram cerca de US$ 300 bilhões dos US$ 643 bilhões da Rússia em reservas de moeda estrangeira, o que aumenta a possibilidade de que o país dê seu primeiro calote desde 1998.
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