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Concessões de crédito despencam em dezembro, seguidas pela alta de inadimplência e endividamento das famílias

Marco A. Caruso | Lisandra Barbero | Eduardo Vilarim

Resumo

As concessões de crédito divulgadas hoje pelo Banco Central recuaram 12,1% na comparação mensal (e já dessazonalizada) de dezembro, alcançando o montante de R$ 496,8 bilhões em 2021. O resultado foi influenciado tanto pela queda de 6,6% m/m das concessões às empresas quanto pela queda de 9,3% m/m das concessões às famílias. Além disso, o aumento da inadimplência e endividamento das famílias continuam chamando a atenção e trazem sinal de alerta para 2022.

Detalhes

No caso das empresas, apesar da queda de 6,6% na concessão totais de crédito, influenciadas principalmente pela queda de 13,2% do crédito direcionado, as concessões livres avançaram 2,3% em dezembro. O resultado foi sustentado, principalmente, pela alta de aproximadamente 21% m/m das concessões voltadas para o financiamento de importações (em outras palavras, recursos importados estão tão mais caros diante do dólar elevado que para algumas empresas resta apenas a opção de contratar crédito para financiá-los) e 3,2% m/m de outras modalidades livres. Já as concessões de capital de giro contraíram na margem, com destaque para a queda de aproximadamente 6% m/m da modalidade com prazo menor de 365 dias. Por outro lado, quando olhamos para as famílias, apesar da queda nas concessões livres e direcionadas, a modalidade de concessões para cartão de crédito rotativo apresentou alta de aproximadamente 3%.

Os dados de inadimplência mostram que, novamente, as principais altas foram apresentadas justamente pelos segmentos mais representativos da carteira de crédito PF e PJ. Nesse primeiro caso, chama a atenção a alta de 1,0 p.p da inadimplência das empresas com capital de giro financiado pelo BNDES, e no caso de pessoas físicas destaca-se a alta de 1,3 p.p. da taxa de inadimplência do cartão de crédito rotativo.

Refletindo o endurecimento da política monetária, taxas de juros e spreads continuam em alta. Nesse ambiente, o endividamento das famílias (embora defasado), atinge 51,16% na nova série do Banco Central e renova sua máxima histórica. Vale destacar que a renda utilizada nessa medida já considera os recursos recebidos extraordinariamente pelas famílias, como o auxílio emergencial (ou novo Auxílio Brasil), o que torna o número ainda mais preocupante.

Para os próximos meses, esperamos que as condições creditícias continuem contraindo marginalmente. As altas da Selic (que em dezembro passou de 7,75% para 9,25% e para qual projetamos uma taxa terminal de 12,25% em 2022) e a atividade econômica ainda fragilizada (que deve sensibilizar o mercado de trabalho negativamente, inclusive o rendimento médio efetivo recebido de todos os trabalhos) desenham um cenário de risco tanto para a inadimplência das famílias quanto para as empresas de pequeno porte.


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