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Diário Econômico - Original - Indústria tem queda pelo 6º mês consecutivo

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Indústria tem queda pelo 6º mês consecutivo

Marco A. Caruso | Lisandra Barbero | Eduardo Vilarim

Resumo

Em queda pelo 6º mês seguido, a indústria brasileira contraiu 4,4% na comparação interanual de novembro, o equivalente a -0,2% na comparação mensal na série livre de efeitos sazonais. O resultado veio um pouco abaixo tanto as nossas expectativas (-4,2% a/a) quanto do consenso do mercado (-4,0 % a/a). A performance da indústria de transformação foi bastante heterogênea, com metade dos setores em crescimento e contração.

Olhando à frente, entendemos os efeitos negativos: 1) da retirada gradual de estímulos creditícios, 2) do aumento de custos do setor e 3) do aumento da Selic, para a qual projetamos uma taxa terminal de 12,25% em 2022, devem continuar pressionando as margens do setor. Ao mesmo tempo, quando buscamos entender a normalização da cadeia de suprimentos global, um fato potencialmente positivo para a indústria, nos chama a atenção a normalização dos estoques da indústria (pela primeira vez desde o início de 2020 segundo dados da CNI); de qualquer forma, essa dinâmica poder ser fruto apenas do enfraquecimento da demanda final.

Por fim, vale dizer que o resultado de novembro é consistente com as nossas projeções de estabilidade do PIB no 4T21 frente ao 3T21 e alta acumulada de 4,4% em 2021.

Detalhes

Apesar do desempenho bastante positivo da indústria extrativa (5,0% m/m), a indústria de transformação contraiu 0,4% em novembro, apresentando um resultado bastante heterogêneo: metade dos setores (14 entre 26) contraíram na comparação mensal, com destaque para a produção de perfumaria, metalurgia básica, mobiliário, plástico e produtos diversos. O cenário nos leva a acreditar que estes setores continuam bastante fragilizadas em meio à escassez de insumos, a redução de estímulos de crédito (em nota, o Banco Central divulgou que as concessões totais livres para PJ contraíram em 1,6% em novembro, na série livre de efeitos sazonais) e dos efeitos cumulativos e defasados da alta da Selic.

Por outro lado, a fabricação de alimentos, fumo, veículos automotores e máquinas foram quatro das categorias que mais ajudaram a conter a queda da indústria no mês. Veículos automotores nos chama a atenção. O setor, que encolheu bastante durante as restrições de mobilidade, mostra recuperação continua desde agosto do ano passado. Essa tendência, somada à normalização dos estoques da indústria em geral apontada pela CNI – rompendo a tendência de estoque abaixo do planejado observada desde dezembro de 2019 – corroboraria com a tese de início de normalização das cadeias produtivas globais. Vale lembrar que a falta de chips pelo mundo tem afetado a produção de veículo, por exemplo

Em relação às grandes categorias, apenas os bens de capital tiveram uma performance negativa (-3,0%). As outras três categorias expandiram ou permaneceram constantes na margem, com os bens intermediários ainda em um patamar abaixo do pré-pandemia.

O resultado heterogêneo da produção de insumos típicos para construção civil (0,2% m/m) e de bens de capital (proxy de investimentos), traz incertezas sobre a performance futura do PIB de investimentos. Os bens de capital contraíram na margem, conforme mencionado anteriormente, com quedas significativas de todos os seguimentos exceto bens de capital para construção e bens de capital de uso misto.

Olhando à frente, entendemos os efeitos negativos: 1) da retirada gradual de estímulos creditícios, 2) do aumento de custos do setor e 3) do aumento da Selic, para a qual projetamos uma taxa terminal de 12,25% em 2022, devem continuar pressionando as margens do setor. Mantemos as nossas projeções de estabilidade do PIB no 4T21 frente ao 3T21 e alta acumulada de 4,4% em 2021.


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