Revisão da projeção de crescimento
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Lucas Esteves
- SEGS.com.br - Categoria: Economia
Com as surpresas do 1T21 e números da atividade econômica consistentemente positivos no curto prazo, revisamos a projeção de crescimento de 2021 de 4,1% para 5,5%.
Marco A. J. Caruso
Lisandra Barbero
O ritmo de recuperação da atividade econômica brasileira vem surpreendendo as expectativas já há alguns meses. No início do ano, com o recrudescimento da pandemia e com o receio de que novas medidas de isolamento social fossem implementadas (como de fato ocorreram entre meados de março e abril), a maioria dos analistas estimavam leve contração da atividade para o primeiro trimestre do ano, embora nós já projetássemos leve expansão para o período. Com a divulgação de indicadores consecutivamente melhores do que o esperado, no entanto, o mercado passou a elevar suas expectativas, e o crescimento esperado que antes girava em torno de -0,3% e 0,3% foi revisado para algo em torno de 0,6% e 1,0% no trimestre. Até esse momento, a mediana das expectativas de crescimento para o ano ainda estava na casa dos 3%.
Contudo, na semana passada, o PIB divulgado para o primeiro trimestre de 2021 apresentou expansão de 1,2% na comparação com o quarto trimestre de 2020, o equivalente a 1% de expansão na comparação com o primeiro trimestre desse mesmo ano, superando novamente tanto as nossas expectativas quanto o consenso de mercado.
Fazendo uma breve análise do resultado, a alta mais expressiva pelo lado da oferta foi apresentada pela agropecuária, que cresceu 5,7% t/t no período, enquanto indústria e serviços (que juntos representam cerca de 80% do PIB) apresentaram altas mais modestas, mas generalizadas. Também se destacaram os setores de construção civil e os serviços de transporte, armazenagem e correio, que acabaram se beneficiando da flexibilização das medidas de isolamento social entre janeiro e fevereiro deste ano. Pela perspectiva da demanda, o principal destaque positivo foi a formação bruta de capital fixo (investimentos), que já vinha em tendência de forte crescimento desde o terceiro trimestre do ano passado.
A expansão de 1,2% no período trouxe um viés de alta significativamente elevado para as projeções do ano. Já na semana passada, inúmeras casas de análise revisaram o crescimento para algo em torno de 5% neste ano (vs. uma média de 4% anteriormente). Mantendo a trajetória de crescimento que nós esperávamos para os demais trimestres do ano, por exemplo, o crescimento da atividade em 2021 passaria automaticamente de 4,1% para 5,6%. Isso porque apenas o carrego estatístico deixado pelo PIB do primeiro trimestre passou para 4,9% (ou seja, se o crescimento fosse nulo em todos os demais trimestres do ano, ainda assim o PIB já cresceria 4,9% este ano).
Diante do número mais positivo do que o esperado e das surpresas consistentemente positivas com a atividade econômica de curto prazo, nós revisamos as nossas projeções de crescimento não apenas para o 2º trimestre de 2021 (de -1,0% t/t para +0,2% t/t), como também para o ano fechado de 2021 (de +4,1% para +5,5%). O número de 2022, que acaba dependendo pouco mais de fatores estruturais (que continuam incertos no país), permaneceu em 1,7%.
A maior revisão ficou concentrada no segundo trimestre do ano, uma vez que as divulgações recentes têm sugerido que o isolamento social implementado entre março e abril acabou não impactando tão severamente a performance setorial como nós prevíamos incialmente. As próximas divulgações da PIM (Pesquisa Mensal da Indústria), PMC (Pesquisa Mensal do Comércio) e da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) serão fundamentais para confirmar esse entendimento. Mas os indicadores divulgados por ora já sugerem que o que antes parecia ser um período de forte contração deve ser um período de estabilidade ou até mesmo de leve crescimento.
Para os demais trimestres do ano, nós revisamos as nossas projeções de +2,5% t/t para +0,7% t/t no terceiro trimestre (consequência especialmente da base mais forte no segundo trimestre, mas também da expectativa de continuidade de um ciclo mais gradual de vacinação e de melhora da pandemia) e de 0,7% t/t para 0,5% t/t no último trimestre do ano. A dinâmica da pandemia, o ritmo de vacinação, o relaxamento ou endurecimento das medidas restritivas e a normalização gradual das atividades setoriais continuam atuando como fatores cruciais que podem interferir (tanto positiva quanto negativamente) nessa dinâmica da atividade adiante.
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