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Tecnologia e fertilização são os diferenciais para a Safra 2025/2026

Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

Soja segue como protagonista do agro; milho é favorito na produção de etanol e cana de açúcar para a produção de açúcar

O encerramento de 2025 aponta para um cenário de cautela no agronegócio brasileiro. A safra 2025/26 tem início marcado por ritmo de plantio desacelerado, clima irregular e desafios técnicos que impactam diretamente o potencial produtivo das lavouras. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a nova safra deve alcançar 354,8 milhões de toneladas de grãos, cultivados em 84,4 milhões de hectares. A projeção em relação ao ano anterior é ligeiramente maior: 0,8% acima do valor recorde de 350,2-351,9 milhões de toneladas colhidas.

O clima volta a ser o principal fator de atenção. Após um início positivo de plantio das safras de primavera e verão de 2026, que ocorre principalmente entre setembro e dezembro do ano corrente, com bom arranque inicial, a chegada de calor intenso e chuvas irregulares em regiões como o centro de Minas Gerais, leste do Mato Grosso e oeste do Mato Grosso do Sul provocou atrasos, necessidade de replantio e dificuldades no estabelecimento da soja, principal cultura do período.

“O gasto do Brasil com fertilizantes alcançou US$ 8,8 bilhões, representando 5,2 % de nossas importações totais, número que subiu em relação a 2024 (4,9 %) . Isso expõe uma fragilidade: estamos reféns da volatilidade dos preços internacionais e das decisões políticas de outros países”, afirma Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro .

Além das condições climáticas adversas, o setor enfrenta a redução no uso de tecnologia. A alta expressiva no preço do fósforo nos últimos dois anos levou produtores a adotarem fertilizantes menos concentrados e a reduzirem sua aplicação. Embora em 2025 o impacto sobre a produtividade tenha sido limitado, a expectativa é de uma pequena redução em 2026 em função deste ajuste no manejo nutricional. O clima permanece como o principal driver do volume de produção, mas a menor intensidade tecnológica deve gerar efeitos ao longo do próximo ano.

A soja segue como protagonista da safra brasileira. A cultura deve ocupar 49,1 milhões de hectares, com produção estimada entre 175,2 e 177,6 milhões de toneladas. Apesar do volume elevado, a expansão de área ocorre em ritmo menor que a média dos últimos anos, e o avanço da semeadura está abaixo do observado na safra anterior. Em meados de novembro, apenas 69% da área prevista havia sido plantada.

O milho ganha relevância crescente, impulsionado pelo aumento do consumo doméstico para a produção de etanol. A cada ano, três ou quatro novas plantas voltadas a esse mercado entram em operação, ampliando a demanda interna e reduzindo a dependência de importações. A tendência é de fortalecimento ainda maior do milho em 2026.

Nesses casos, os fertilizantes funcionam como escudo contra as pragas. Uma nutrição balanceada com micronutrientes como zinco e boro fortalece a resistência natural do milho, reduzindo perdas em 15% e 25% por doenças, segundo dados da Embrapa. O Brasil consome 73% de fertilizantes em soja/milho/cana. O manejo integrado (fertilizantes foliares e o monitoramento) evita replantio e preserva produtividade safrinha.

A cana-de-açúcar, uma das maiores produções agrícolas do país em volume, deve registrar moagem próxima a 660 milhões de toneladas, com maior direcionamento para a produção de açúcar em detrimento do etanol. Já o arroz apresenta redução expressiva, refletindo sua alta dependência de dois fatores essenciais ao desenvolvimento da cultura: radiação solar e disponibilidade de água.

A irregularidade das chuvas e a baixa umidade do solo têm comprometido o desenvolvimento inicial das lavouras, afetando o vigor das sementes e o estabelecimento das plântulas. Diante de janelas de plantio mais curtas e solo seco, especialistas reforçam que a preparação antecipada do solo e o tratamento adequado das sementes são decisivos para reduzir riscos e preservar a produtividade.

“É hora de unir esforços governo, empresas brasileiras, universidades e produtores em prol de uma estratégia que aumente nossa autossuficiência. Isso não é apenas uma vantagem competitiva: é um compromisso com a segurança alimentar e com o futuro do país”, enfatiza Sodré.

Entre as estratégias recomendadas estão o uso de insumos organominerais e biológicos, aplicados via tratamento de sementes ou fertirrigação nas fases iniciais. Essas soluções contribuem para o fortalecimento do sistema radicular, estimulam a microbiologia benéfica do solo e promovem maior uniformidade no crescimento das plantas, aumentando a tolerância ao estresse hídrico.

A safra 2026 dependerá diretamente da qualidade do início do ciclo agrícola. A combinação de clima irregular, solo seco, atraso na semeadura e redução no uso de tecnologia reforça a necessidade de intervenções técnicas precisas desde as primeiras fases, garantindo vigor, uniformidade e maior estabilidade produtiva ao longo do ciclo.

Para Douglas Vaz-Tostes, gerente técnico nacional da GIROAgro, a força da safra está diretamente ligada à qualidade dos insumos utilizados: “A escolha correta dos insumos, principalmente dos fertilizantes, define a eficiência de todo o sistema produtivo. Quando o produtor investe em nutrientes adequados, na dose certa e no momento certo, ele reduz perdas, aumenta a rentabilidade e protege o potencial produtivo da cultura. Em um cenário de clima instável, acertar nessas decisões deixa de ser recomendação e passa a ser condição básica para o sucesso da safra”.


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