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Sem “boia”, não existe carne premium

Dieta adequada garante 1kg de carcaça por dia e mínimo de 3mm de deposição de gordura subcutânea (EGS) no gado meio-sangue Angus x Nelore

O consumo de carne de qualidade no Brasil aumentou 20% nos últimos dez anos, tendência também observada nas exportações de cortes premium. Segundo informações do programa Carne Angus Certificada, os embarques cresceram 21%, com quase 693 toneladas de equivalente-carcaça.

E quando se trata de carne de qualidade, a principal raça utilizada, hoje, é o Aberdeen Angus, taurino de origem britânica reconhecido por imprimir maior marmoreio - aquela gordura entremeada responsável por proporcionar sabor, suculência e maciez na carne.

O problema é que essa raça não é adaptada ao clima tropical brasileiro, por isso a solução encontrada pelos pecuaristas é fazer o cruzamento industrial com o zebuíno Nelore, que é mais rústico e representa 80% do rebanho bovino nacional.

Esse “casamento por interesse”, como brincam os pecuaristas adeptos desse cruzamento, tornou-se um sucesso porque viabiliza a produção de cortes premium em grande escala para saciar o apetite de uma gama de consumidores exigentes que não para de crescer dentro e fora do País.

Porém, um plano nutricional deve ser bem conduzido para garantir a máxima produtividade, precocidade e rentabilidade dos animais. O doutor em Zootecnia e supervisor técnico comercial da Premix e Agrocria Nutrição Animal, no estado de Goiás, Flávio Henrique Vidal Azevedo, explica que o objetivo deve ser o ganho de 21@ para machos com até dois dentes (idade entre 18 e 28 meses) e 16@ para fêmeas até 4 dentes (idade entre 24 e 31 meses).

“Tratando-se de um novilho, a meta é que ele ganhe 7@ na desmama, 7@ na recria e outras 7@ durante a fase de engorda”, resume Flávio Henrique. O investimento compensa. Com base na cotação da arroba no valor de R$ 300,00, a premiação dos frigoríficos para um garrote de 21@ pode variar entre R$ 315 e R$ 945,00 a mais por cabeça, dependo do grau de sangue Angus envolvido no acasalamento.

Metas nos ciclos de produção

Para chegar naquele peso de carcaça, é imprescindível uma desmama entre 220 e 240 kg nos machos e de 210 a 230 kg nas fêmeas, aos 240 dias, então, o especialista recomenda o uso de creep-feeding ou creep-grazing. Igual cuidado deve ser tomado na recria, pelo fato dos bezerros serem, normalmente, desmamados na estação seca do ano, quando o capim perde qualidade.

Na recria, a meta são mais 7@, entre 330 e 360 dias, resultado que pode ser alcançado em três etapas. Nos primeiros 150 dias pós-desmame, o animal precisa ganhar 1,75@. Isso é conseguido com o fornecimento de suplemento proteico-energético, como o Protene, na ordem de 0,3 a 0,5% do peso vivo.

A próxima etapa ocorre já no período chuvoso e visa, em 120 dias, o ganho de mais 3,8@, com ajuste do pasto e o fornecimento 0,1 a 0,15% do peso vivo de um bom suplemento proteico ou até mesmo de um sal mineral aditivado adensado (consumo de 0,05% do peso vivo).

Os 60 dias finais da fase de recria marcam a terceira etapa, quando ocorre a transição de estação, onde, apesar de verde, o capim já florou, perdendo valor nutricional. Neste momento, o doutor em Zootecnia sugere entrar com um proteico-energético (0,3% do peso vivo) para obtenção da 1,5@ restante. A recria é um ótimo momento para diluir o ágio pago nos bezerros adquiridos de terceiros, pois é quando os animais apresentam máxima eficiência alimentar.

“É comum haver negligência na fase de recria porque existe uma cultura errada de que é possível recuperar peso na engorda intensiva, no entanto, se a recria não atinge a meta de 7@ em 330 ou 360 dias, fica difícil gerar o retorno econômico desejado”, adverte o doutor em Zootecnia e supervisor técnico comercial da Premix e Agrocria.

Por fim, na engorda, o objetivo é imprimir as 7@ finais em apenas 90 a 120 dias, com acabamento de carcaça mínimo de 3mm de gordura. Atualmente, as técnicas mais populares na terminação são a TIP (Terminação Intensiva a Pasto) e o confinamento com grão inteiro de milho.

Protocolos de engorda

Na TIP, o consumo de concentrado varia de 1,8 a 2% do peso vivo do animal e o restante da dieta é pasto. As principais desvantagens resumem-se à escassez de capim de qualidade na estação seca e a logística necessária no preparo e transporte do concentrado até o cocho ou, ainda, a compra de ração pronta, elevando os custos de produção.

O confinamento com grão inteiro, também chamado de alto grão, é uma tecnologia interessante pela facilidade de implementação.

Sucesso nos Estados Unidos desde a década de 1970, ela foi adaptada para uso com o milho brasileiro em 2009, por meio da Premix e Agrocria, em parceria técnica com a Universidade Federal de Goiás (UFG).

Após uma adaptação de 16 dias, que pode ser feita com pasto ou qualquer outro volumoso, basta fornecer, direto no cocho, na proporção de 85% de milho grão inteiro e 15% do suplemento Engordin Grão inteiro 38, uma quantidade que varia de 2 a 2,3% do peso vivo.

“A principal vantagem é que essa é uma dieta de oportunidade. Ela permite rapidez da tomada de decisão e ganhos de carcaça similares aos obtidos no confinamento convencional”, afirma Flávio Henrique.

Segundo ele, a desvantagem é que está sujeita às oscilações na cotação do grão, mas tanto ela quanto a TIP são capazes de garantir mais de 1kg de carcaça/dia e entregar cobertura de gordura superior a 3 mm.

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