Perspectivas para 2026: como a inteligência artificial vai continuar transformando o direito trabalhista?
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Alice Bachiega
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Ferramentas automatizadas ampliam acesso à informação, reduzem gargalos jurídicos e ajudam trabalhadores a entender seus direitos com mais clareza
A inteligência artificial deve consolidar, em 2026, um movimento que já vem reconfigurando a relação entre trabalhadores, empresas e o sistema jurídico brasileiro: o uso de tecnologias para democratizar o acesso à informação, interpretar documentos complexos e reduzir a distância entre quem possui um direito e quem precisa exercê-lo.
A tendência aponta para uma adoção crescente de soluções capazes de automatizar consultas, analisar riscos e explicar procedimentos legais com maior precisão e rapidez.
Um avanço que reorganiza o cotidiano jurídico
Nos últimos anos, plataformas de IA passaram a assumir tarefas que antes demandavam horas de pesquisa e interpretação manual. A automação de consultas básicas, por exemplo, permite que trabalhadores tirem dúvidas objetivas sobre férias, FGTS, 13º salário ou aviso prévio sem a necessidade de intermediações iniciais.
Já as empresas vêm utilizando sistemas inteligentes para monitorar mudanças na legislação, revisar documentos internos e identificar pontos de atenção em políticas de compliance trabalhista.
Essa transformação também tem impacto direto no Judiciário. Ferramentas preditivas ajudam a analisar o risco de litígios, enquanto rotinas automatizadas organizam documentos, laudos, escalas e registros de jornada.
O resultado é um movimento gradual de redução de gargalos, permitindo que advogados e equipes jurídicas concentrem esforços em atividades estratégicas, como negociações, investigações e tomada de decisão.
Interpretação acessível de processos e direitos
Entre as soluções que ilustram esse avanço está o Getúlio AI, ferramenta gratuita lançada em outubro de 2023 para facilitar a compreensão de temas relacionados ao direito do trabalho. Desde então, a plataforma já auxiliou mais de 50 mil brasileiros em processos em curso. No período, foram realizadas mais de 56.000 consultas de processos, mais de 123 mil mensagens respondidas e mais de 4.600 consultas de CNPJ, todas sem exigir cadastro.
“O objetivo central é reduzir a complexidade que ainda afasta grande parte da população do entendimento sobre seus próprios direitos” explica Arthur Bouzas, responsável pelo projeto. Com o Getúlio AI, o usuário consegue:
- Consultar processos ativos usando apenas CPF ou número da ação;
- Tirar dúvidas sobre verbas trabalhistas, como FGTS, férias, 13º salário e aviso prévio;
- Entender situações de demissão, estabilidade, abandono de emprego e questões relacionadas à saúde ocupacional;
- Receber alertas de novas movimentações do processo por WhatsApp ou e-mail.
Além de localizar ações judiciais, a plataforma decodifica o andamento do processo e apresenta informações em linguagem simples – uma etapa que costuma ser um desafio para quem não está habituado a termos jurídicos ou ao formato de decisões oficiais. Esse tipo de recurso ajuda o trabalhador a compreender prazos, fases processuais e possíveis desdobramentos, promovendo maior autonomia.
Como a IA deve moldar o direito trabalhista nos próximos anos?
A expectativa para 2026 é que ferramentas desse tipo avancem em três frentes principais. A primeira delas é o aprimoramento das consultas automatizadas: modelos mais maduros devem conseguir analisar situações mais complexas, organizar informações relevantes e apresentar possibilidades de encaminhamento de forma simples, ajudando o usuário a entender melhor o próprio caso.
A segunda frente é o avanço das análises preditivas. Com base em grandes volumes de decisões já publicadas, essas tecnologias tendem a mostrar padrões, riscos e tendências que podem orientar tanto trabalhadores quanto empresas.
Em vez de navegar “no escuro”, as partes passam a ter uma visão mais clara do que costuma acontecer em casos parecidos, o que fortalece decisões mais conscientes e bem fundamentadas.
Já a última frente está voltada para que a inteligência artificial também avance nas etapas de mediação e conciliação, ajudando empresas e trabalhadores a entender melhor seus direitos e organizando informações que facilitam uma conversa inicial.
Essas ferramentas tendem a deixar o diálogo mais rápido e estruturado, mas não substituem o trabalho humano: é o advogado quem interpreta cada situação, orienta a estratégia e garante que qualquer proposta de acordo seja justa e legal.
Um cenário de acesso ampliado e participação ativa
À medida que essas ferramentas se tornam mais acessíveis e abrangentes, o direito trabalhista tende a deixar de ser um campo restrito a especialistas. A combinação entre explicações claras, automatização de consultas e rastreabilidade de processos cria um ambiente em que os trabalhadores podem participar ativamente de suas demandas e compreender melhor os mecanismos que regem sua relação com os empregadores.
É importante ressaltar que a inteligência artificial não deverá substituir o trabalho jurídico, mas sim fortalecê-lo. “Ao reduzir barreiras de compreensão, traduzir termos técnicos e aproximar cidadãos de seus próprios direitos, ferramentas como o Getúlio AI devem marcar um novo capítulo na relação do país com a justiça trabalhista, sendo mais transparente, mais acessível e guiada por informação confiável", conclui Bouzas.
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