Pesquisa da MIT Technology Review Brasil aponta perfis profissionais que melhor se adaptaram e auxilia empresas na retomada aos escritórios
Análise de dados, traços de personalidade e protocolos: estudo mostra como será o retorno do home-office
Ano passado ficou marcado como ano do home-office em função da pandemia do novo coronavírus, mas 2021 chegou com a perspectiva da vacina e de uma mudança no modelo de trabalho de muitas empresas.
O trabalho em casa deve permanecer, mas combinado com o retorno presencial, cercado de cuidados e visando melhor rendimento e otimização. O modelo híbrido, portanto, poderá unir as vantagens do home office às vantagens do escritório, tanto para empresas quanto para colaboradores.
Para entender a tendência desta nova rotina de trabalho que deve se estabelecer num mundo pós-Covid a Technology Review Brasil, uma das principais publicações de tecnologia e negócios do mundo, com a chancela do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), aplicou uma pesquisa para cerca de 1400 entrevistados.
A conclusão é que fatores como área, cargo, salário, formação e idade não podem ser relacionados ao desempenho dos profissionais, tampouco ao desejo de retornar ao escritório.
Em contrapartida, pode-se concluir que dois traços de personalidade têm correlação com a performance destes entrevistados durante o período de home-office: indivíduos conscienciosos e também aqueles com maior abertura a situações novas.
De acordo com o editor-chefe da MIT Technology Review Brasil, André Miceli, estes traços podem ser de grande auxílio para que as empresas determinem quem retorna antes para o escritório e quem permanece em casa, por exemplo, já que adaptações como distanciamento são necessárias no cenário em que vivemos.
"Profissionais que se adaptaram de alguma forma ao trabalho em casa, mesmo em meio a uma pandemia, e mantiveram ou aumentaram sua produtividade têm maior tendência a manter o formato de trabalho remoto", explica Miceli.
Desafios do futuro híbrido
Os dados apurados pela pesquisa da MIT Technology Review Brasil indicam que 6,5% dos entrevistados não querem mais o home-office, e que 93,5% desejam manter esse formato pelo menos um dia na semana. A solução seria intercalar um ou dois dias em casa com outros três ou quatro no escritório.
Para que isso funcione, as empresas e seus líderes devem entender os desafios e barreiras que a diminuição de contato entre os funcionários traz, como confiança e senso de pertencimento.
"O líder terá que criar situações que façam com que as pessoas se conheçam, para estabelecer esse senso de confiança entre si. E o senso de pertencimento é fundamental para a construção de cultura. Uma empresa sem cultura é mais fraca. Os líderes terão que construir redes para que esses grupos tenham a cara da empresa", reforça André Miceli.
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