Dia do Estudante: o que as empresas de educação pensam sobre IA na aprendizagem?
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Leticia Santos
- SEGS.com.br - Categoria: Educação
Empresas e especialistas discutem como a inteligência artificial está transforma o ensino no Brasil, equilibrando inovação tecnológica, mediação humana e inclusão para ampliar o acesso e a qualidade da aprendizagem
Neste Dia do Estudante (11 de agosto), a inteligência artificial (IA) desponta como uma das principais tendências em tecnologias a impactar o ensino em todos os níveis, da alfabetização ao ensino superior. Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), 71% dos universitários brasileiros utilizam a IA em sua rotina de estudos – 29% diariamente e 42% ao menos uma vez por semana. Além disso, a familiaridade com ferramentas como ChatGPT, Gemini e similares chega a 80% entre os jovens.
Especialistas de empresas que atuam diretamente na transformação do ensino no Brasil comentam os impactos reais da IA para a aprendizagem – e como estão aplicando essas tecnologias de forma prática, segura e personalizada em suas plataformas, produtos e projetos educacionais.
Uma pesquisa da UTFPR, divulgada em maio de 2025, aponta que mais de 80% dos professores da educação básica acreditam no potencial da IA para enriquecer o ensino, mas apontam dificuldades como falta de infraestrutura, escassez de tempo para capacitação e ausência de diretrizes claras. “Apesar dos desafios contínuos em torno da IA na educação, essa tecnologia amplia consideravelmente as possibilidades de aprendizado. No passado, o ensino era limitado por barreiras como acesso restrito a materiais e a necessidade de equipamentos complexos. A IA quebra essas barreiras ao tornar as ferramentas educacionais mais acessíveis, adaptáveis e disponíveis em qualquer lugar”, afirma Geraldo Ramos, CEO da Moises.
Segundo Ramos, “A educação musical é um exemplo perfeito, já que os alunos não precisam mais de equipamentos de estúdio caros ou acesso a estúdios exclusivos para aprender. Hoje, podemos levar as ferramentas mais avançadas de prática, análise e criatividade diretamente para as mãos dos estudantes. Isso cria novos caminhos para o ensino e abre mais oportunidades do que nunca para formação e desenvolvimento profissional.”
Ainda de acordo com a Abmes, os principais benefícios da IA nos estudos apontados pelos jovens são a possibilidade de estudar em qualquer lugar (53%), o acesso a conteúdos atualizados (50%) e maior rapidez na resolução de dúvidas (49%). No entanto, existem desafios como a falta de interação humana (52%), risco de dependência (49%) e erros de avaliação automática (41%). Para Andrew Skrypnyk, CEO da Promova, edtech de idiomas, “A inteligência artificial trouxe mais flexibilidade e acesso ao aprendizado, mas também reforçou a importância de habilidades humanas como comunicação e pensamento crítico. No caso dos idiomas, por exemplo, dominar uma segunda língua continua sendo um diferencial fundamental para ampliar oportunidades acadêmicas e profissionais. A IA não substitui esse aprendizado, mas o potencializa: permite que o estudante pratique conversação de forma personalizada, receba feedback imediato e tenha acesso a conteúdos autênticos em tempo real, alinhados ao seu nível e contexto. Para o ensino, isso representa um salto de escala e personalização, mas com o cuidado de manter a mediação humana, que é essencial para transformar informação em conhecimento e, principalmente, em competência aplicada no mercado global.”
Daniela Villela, CEO da rede de idiomas Red Balloon, complementa: “Na educação bilíngue, a IA abre novas possibilidades para engajar e personalizar o aprendizado, mas o papel do professor continua sendo indispensável. Na Red Balloon, vemos inteligência artificial como suporte para criar atividades alinhadas à jornada de cada estudante, além de avaliar evolução de vocabulário e oferecer experiências interativas. No entanto, a tecnologia deve sempre ser mediada por educadores, garantindo que o aprendizado vá além da memorização e se torne comunicação real. A IA potencializa a jornada, mas é a relação humana que dá significado e contexto ao conhecimento.”
Do ponto de vista dos investimentos, fundos têm voltado sua atenção para o potencial da inteligência artificial também na rotina escolar e universitária, avaliando seu impacto e capacidade de transformação. É o caso da Rosey Ventures, Corporate Venture Capital do Grupo Marista, que aposta em soluções baseadas nessa tecnologia como forma de antecipar necessidades e solucionar gargalos ao longo da jornada educacional de forma eficiente. “Com a IA, é possível personalizar o ensino e promover mais individualidade dentro de um ambiente coletivo de aprendizado. Ao investir e integrar ferramentas que fortaleçam a gestão escolar e universitária, conseguimos agilizar processos, apoiar o corpo docente na construção das aulas e criar um ambiente mais acolhedor, integrativo e adaptado às necessidades dos alunos”, afirma Guilherme Skaf, Head da Rosey Ventures. Ele reforça que essa integração gera valor estratégico para todas as pontas envolvidas e permite acelerar a transformação digital sem romper com a estrutura pedagógica original.
No novo Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), o Ministério da Educação destinou R$817 milhões para ações como a criação de cursos e disciplinas de IA na graduação, apoio a projetos de pesquisa com foco no uso da IA na educação brasileira e criação de um Referencial Nacional de Uso de IA na Educação, além do desenvolvimento de um sistema inteligente voltado à redução da evasão escolar na educação profissional e tecnológica. Pensando nisso, a LPD Hive - empresa de tecnologia especializada em plataformas AI SaaS - em parceria com a Mais1Code - escola de programação gratuita, para pessoas de baixa renda - lançaram o IMPULSO-AI, um programa de formação intensiva que capacita novos talentos para atuar no setor de tecnologia. “Acreditamos que essa iniciativa pode ser um ponto de virada para ampliar o acesso à tecnologia de forma mais justa. O foco deste trabalho em conjunto está em acelerar a autonomia dos participantes, conectando conhecimento aplicado com oportunidades reais no mercado”, afirma Fábio Santos, CEO da LPD Hive.
Para este Dia do Estudante, a mensagem é clara: a IA já é parte da jornada de quem aprende. O desafio agora é garantir que seu uso seja responsável, inclusivo e verdadeiramente educativo.
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