Contato com animais de estimação fortalece saúde emocional e social das crianças, destaca Sociedade de Pediatria do RS
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Marcelo Matusiak
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Pediatra do Desenvolvimento e Comportamento e membro do Comitê de Desenvolvimento e Comportamento da SPRS, Dr. Renato Santos Coelho, ressalta que convivência com pets estimula empatia, autocontrole e vínculos afetivos, mas requer supervisão e cuidados para evitar riscos
A convivência entre crianças e animais de estimação é um vínculo especial que pode trazer múltiplos benefícios para o desenvolvimento infantil. Segundo o pediatra do Desenvolvimento e Comportamento e membro do Comitê de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Dr. Renato Santos Coelho, o contato com pets vai muito além da afetividade e do lazer — ele contribui diretamente para o equilíbrio emocional, o aprendizado social e o fortalecimento de valores como responsabilidade, empatia e respeito.
“Os animais funcionam como companheiros não julgadores, que oferecem conforto, reduzem a solidão e estimulam a empatia. Além disso, o simples ato de acariciar um pet está associado à diminuição da tensão e da ansiedade. A relação que se cria é intuitiva e recíproca: o animal aprende como a criança funciona e, com o tempo, passa a protegê-la tanto física quanto emocionalmente”, explica o Dr. Renato.
De acordo com o médico, há evidências científicas robustas que associam a presença de pets à melhora da saúde mental infantil. Um estudo publicado na revista Preventing Chronic Disease (Public Health Research, Practice and Policy), com base em dados da publicação CABI Human Animal Interactions, acompanhou 643 crianças de 4 a 10 anos e demonstrou que aquelas que conviviam com cães em casa apresentaram níveis menores de ansiedade e melhor regulação emocional.
“O impacto positivo é ainda mais evidente quando existe vínculo afetivo e a criança participa dos cuidados diários. Essa interação cria um sentimento de pertencimento e reduz o tempo de exposição às telas, o que também é um ganho para o desenvolvimento cognitivo e social”, destaca.
Cães e gatos são as espécies mais indicadas para famílias com crianças, especialmente os de temperamento dócil e sociável. Outros animais, como coelhos, peixes e hamsters, podem ser opções para lares com espaços menores, mas oferecem menos interação e requerem atenção aos riscos de zoonoses. “Cada família deve avaliar seu estilo de vida, o espaço físico disponível e o tempo que pode dedicar ao animal. O pet deve ser uma fonte de alegria, não de estresse”, orienta o Dr. Renato.
A introdução do animal na rotina da casa também merece atenção. A literatura médica recomenda que isso ocorra quando a criança tem maturidade suficiente para compreender os cuidados — geralmente a partir dos cinco ou seis anos. Antes disso, as interações precisam ser sempre supervisionadas. “Crianças menores de quatro anos apresentam maior risco de acidentes, especialmente mordidas na face, que podem causar lesões graves e cicatrizes permanentes”, alerta o pediatra.
Entre os principais cuidados, estão a supervisão constante, vacinação e vermifugação em dia, higiene das mãos após o contato, ambiente limpo e o ensino de limites. Também é importante lembrar que os animais têm comportamentos instintivos. “Muitos vídeos mostram cães e gatos protegendo crianças, mas não se pode generalizar. Eles são seres irracionais e respondem por impulso. Há uma tendência crescente de humanizar os pets, o que precisa ser visto com cautela”, reforça o Dr. Renato.
O especialista lembra ainda que crianças com alergias ou asma devem ser avaliadas previamente antes de conviver com animais, para evitar agravamentos. Mesmo assim, quando observados todos os cuidados, os benefícios superam os riscos. “A convivência entre crianças e animais promove empatia, autocontrole, senso de cuidado e vínculos afetivos duradouros. Trata-se de uma relação que educa o coração e ensina sobre o respeito à vida desde cedo”, conclui.
Sobre a Sociedade de Pediatria do RS
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.
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