Quando a ficção ensina o mal
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Maria Clara Menezes
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*Paulo Kamiya
Palavras têm um poder inquietante. Elas podem inspirar, convencer e até mudar comportamentos. Livros, discursos, narrativas — todos influenciam, tanto pessoas vulneráveis quanto aquelas que parecem firmes e íntegras.
Há casos históricos que comprovam isso: em 1774, Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe, provocou uma onda de suicídios entre jovens. Décadas mais tarde, em 1980, O Apanhador no Campo de Centeio, publicado por J. D. Salinger em 1951, inspirou Mark Chapman a assassinar John Lennon. Palavras, quando mal interpretadas, tornam-se ação.
Mas o efeito dependerá, exclusivamente, do leitor.
Quem já possui inclinações sombrias se deixa seduzir facilmente. Mas o desafio real surge com pessoas boas: palavras manipuladoras podem convencê-las de que atos moralmente questionáveis são necessários para alcançar um “bem maior”.
A reflexão vira comportamento.
A literatura vira armadilha.
E agora, em 2025, surge outro exemplo também perturbador: Doutrina Alorem: O livro proibido dos 7 Preceitos que destroem a sua vida. Seus sete preceitos funcionam como um mecanismo de manipulação refinado. Na narrativa, ele atrai os corruptos… e os bons também. Quando até os bons passam a justificar crueldade em nome de um “bem maior”, a ficção deixa de ser apenas história e se torna culto. E isso é o verdadeiro trunfo da Doutrina Alorem — e também o maior perigo.
A literatura não é só entretenimento. Ela molda pensamentos e ações, podendo ser um instrumento de influência real.
E reconhecer esse poder é essencial. Sem consciência, até leitores bem-intencionados podem se tornar seguidores de ideias destrutivas, guiados por uma narrativa sedutora que promete um bem maior, mas conduz ao mal.
Se um livro inspira o mal, quem carrega a maior responsabilidade — ou culpa — pela distorção de uma ideia: o autor ou o leitor?
*Autor de “Doutrina Alorem: O livro proibido dos 7 Preceitos que destroem a sua vida”, Paulo Kamiya é engenheiro e publicitário. Hoje, escreve ficção — com café à mão e ideias perturbadoras por perto.
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