Turismo cirúrgico: brasileiros viajando para cirurgias no exterior e os perigos que ninguém conta
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Nos últimos anos, tem crescido a prática conhecida como turismo cirúrgico: brasileiros que viajam para outros países em busca de procedimentos estéticos mais baratos ou promessas de resultados rápidos. De acordo com associações internacionais de cirurgia plástica, estima-se que milhares de brasileiros viajam ao ano para realizar cirurgias no exterior, especialmente para procedimentos como lipoaspiração, abdominoplastia, aumento ou troca de prótese de mama e rinoplastia.
Embora a ideia de unir férias com cirurgia pareça atraente, especialistas alertam para os riscos envolvidos. Segundo o cirurgião plástico Dr. Hugo Sabath, da Clínica Líbria, a busca por preços mais baixos ou cirurgias em locais desconhecidos pode gerar consequências graves.
“Muitos pacientes chegam a nós após complicações de cirurgias realizadas fora do país. É importante entender que o preço nunca deve se sobrepor à segurança. A qualidade do atendimento, a estrutura hospitalar e a capacitação do profissional são fatores cruciais que podem salvar vidas”, alerta Dr. Sabath.
Os riscos do turismo cirúrgico
Entre os perigos mais comuns, destacam-se:
- Controle de qualidade duvidoso: nem todos os países possuem regulamentação rigorosa sobre cirurgia plástica.
- Exames e histórico médico limitados: o acompanhamento pré-operatório pode ser superficial, aumentando o risco de complicações.
- Pós-operatório complicado: após retornar ao Brasil, o paciente pode enfrentar dificuldades de acompanhamento, tratamentos de urgência ou revisões de cirurgia.
- Infecções e trombose: procedimentos realizados em locais com padrões de higiene ou anestesia abaixo do recomendado podem gerar problemas graves.
> “Em muitos casos, o paciente não tem garantia de suporte adequado se houver intercorrência. Além disso, complicações no pós-operatório exigem atendimento local imediato, o que nem sempre é possível”, explica Dr. Sabath.
Questões jurídicas e éticas
A advogada Dra. Beatriz Guedes, especialista em Direito Médico, alerta que há limitações legais significativas para quem opta por cirurgia no exterior.
“Se ocorrer algum erro médico fora do país, a paciente terá dificuldade de responsabilizar o profissional. Além disso, o processo judicial pode ser extremamente complexo, envolvendo leis internacionais e barreiras de idioma. No Brasil, não há como obrigar o cirurgião estrangeiro a responder perante a Justiça brasileira”, explica Dra. Guedes.
Ela reforça que, além dos riscos médicos, há aspectos legais que podem complicar tratamentos de revisão, emergências ou intercorrências.
Como se proteger e alternativas seguras
Dr. Sabath e Dra. Guedes indicam algumas estratégias para quem pensa em cirurgia estética:
1. Priorize segurança sobre preço: a economia não pode comprometer a saúde.
2. Pesquise o médico e o hospital: confira credenciais, especializações e histórico de procedimentos.
3. Avalie o pós-operatório: saiba quem fará o acompanhamento e como agir em caso de intercorrências.
4. Considere cirurgia local com profissionais certificados: no Brasil, há médicos qualificados, associados à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que oferecem resultados de qualidade e suporte contínuo.
5. Planeje financeiramente: é melhor adiar a cirurgia e realizá-la com segurança do que arriscar complicações.
Conclusão
O turismo cirúrgico pode parecer uma oportunidade de custo-benefício, mas os riscos médicos, legais e emocionais são reais e frequentemente subestimados.
> “A decisão de fazer uma cirurgia plástica deve priorizar segurança, acompanhamento médico qualificado e planejamento adequado. Não há atalhos quando se trata da própria saúde”, alerta Dr. Hugo Sabath.
> “O direito do paciente à segurança e à informação clara é universal. Escolher o caminho mais barato nem sempre garante proteção ou resultado satisfatório”, finaliza Dra. Beatriz Guedes.
Dr. Hugo Sabath
Cirurgião Plástico – CRM 131.199/SP
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