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Como aproximar crianças e jovens da cultura brasileira?

Foto de divulgação - Freepik Foto de divulgação - Freepik

*Manuel Filho

Minha infância se passou durante os anos de 1970. Naquela época, havia uns quatro ou cinco canais de TV e a programação ainda era em sua maioria transmitida em preto e branco.

Assim, muito do que víamos eram produções norte-americanas de seriados antigos. Vi diversos bang-bangs nos quais o cowboy era o incomparável herói e os indígenas os vilões, que tentavam sequestrar as inocentes mocinhas em suas carruagens. Acabávamos torcendo pelos cowboys.

Será que dá para imaginar algo mais inadequado para uma criança brasileira que quisesse saber a respeito de seu próprio país?

Possivelmente a produção audiovisual brasileira sobre tal assunto fosse escassa e de difícil veiculação. As grandes redes produziam conteúdos e esses ainda eram controlados por interesses econômicos e sociais.

No entanto, mesmo com a vasta produção atual, disponível em streamings ou em aplicativos de celular, é necessário competir com diferentes formas de entretenimento que, vejam só, continuam sendo massivamente estrangeiras.

De uma maneira geral, somos levados a acreditar que a história do Brasil é banal, sem grandes interesses, reis, princesas ou disputas em castelos.

Para minha sorte, eu tive acesso a muitos livros no departamento infantil da biblioteca pública de minha cidade, a Monteiro Lobato, em São Bernardo do Campo, e, graças ao autor Francisco Marins, comecei a ter interesse pela história do Brasil. Esse autor paulista colocava fatos históricos relevantes em seus livros de ficção e eu achava isso incrível. Cheguei a conhecer a história do Acre ainda com dez anos de idade.

Tamanha foi a influência desse autor em meu imaginário, que já escrevi alguns livros com idêntica estrutura: uma aventura de ficção que possui como cenário algum fato histórico brasileiro.

E, assim, já construí narrativas que se passam no interior de Minas Gerais, nas Missões do Rio Grande do Sul e em grandes capitais, como Salvador e São Paulo.

Nunca me canso, não paro de me surpreender com a riqueza de nosso passado histórico e, durante minhas pesquisas, sobra muito material que eu achava uma pena que ficassem escondidos no computador.

Por isso, resolvi escrever o livro O que vi por aí (Cortez Editora), no qual revelo, além de diversos aspectos brasileiros, um método de pesquisa que é o de viajar, conversar, pesquisar e descobrir algumas das muitas histórias e segredos que existem “por aí”.

Conhecer nossa história, compreender como ela é única e especial, poderá fazer com que os nossos jovens nunca mais sejam condicionados a torcer pelos heroicos cowboys atacando os malvados indígenas selvagens.

Precisamos recontar essas histórias!

*Manuel Filho – Vencedor do prêmio Jabuti 2008, possui mais de 100 livros publicados, entre eles O que vi por aí (Cortez Editora).


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