Dilema dos estoques no varejo: como a tecnologia está transformando prejuízo em oportunidade
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Daniella Pimenta
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Com o e-commerce brasileiro ultrapassando os R$ 200 bilhões em 2024, soluções como inteligência artificial e leilões digitais ganham força para transformar o estoque parado em lucro — e evitar perdas que antes pareciam inevitáveis
Em julho de 1995, exatos 30 anos atrás, a Amazon registrava sua primeira venda online. O que começou como uma simples livraria digital transformou-se no maior marketplace do mundo, revolucionando não apenas o comércio eletrônico, mas também estabelecendo novos padrões para a gestão de estoque e logística.
Hoje, enquanto celebramos esse marco histórico, o varejo brasileiro enfrenta um desafio cada vez mais urgente: como lidar com produtos parados que comprometem o fluxo de caixa e a rentabilidade.
Segundo a Pesquisa Abrappe de Perdas no Varejo Brasileiro 2024, a média geral de perdas no varejo caiu de 1,77% para 1,51% em 2024, representando cerca de R$ 36,5 bilhões em prejuízos. A maior parte dessas perdas está relacionada a quebras operacionais — produtos sem condições de venda ou perdas identificadas (42,93%) — e erros de inventário (9,46%).
Embora os dados indiquem uma leve melhora, os R$36,5 bilhões em prejuízos continuam sendo um volume expressivo, que impacta diretamente a competitividade do setor. O cenário exige soluções inovadoras, especialmente em um mercado que movimenta trilhões de reais no último ano.
"O mercado brasileiro ainda carece de soluções eficientes para lidar com estoques parados. Muitas empresas sofrem com produtos que não giram há meses ou anos, comprometendo capital de giro e espaço físico", afirma o CEO da Kwara, plataforma de leilões online, Thiago da Mata.
Para Eduardo Augusto, CEO da IDK, consultoria especializada em tecnologia, design e comunicação, o problema vai além da gestão convencional. “A Amazon mudou o jogo no varejo e na tecnologia, criando novas regras para o mercado e transformando a forma como consumimos. Do Amazon Prime, que fez da entrega rápida um padrão e fidelizou os clientes por assinatura com mais de 200 milhões de membros no mundo, à AWS, que domina a computação em nuvem, a empresa não só inovou, ela reinventou setores inteiros. O Marketplace abriu portas para milhões de vendedores, enquanto a Alexa colocou a inteligência artificial na rotina de milhões de pessoas. O resultado é uma empresa que dita tendências em tecnologia, experiência do usuário, fidelização e operação”.
Como a IA e leilões digitais estão salvando o caixa das empresas
Conforme dados da pesquisa “IA: Problema ou Solução?”, realizada pela MindMiners, 58% das pessoas confiam na integração da inteligência artificial no varejo e e-commerce, o que mostra uma ampla possibilidade para que a popularidade de soluções que facilitem a conexão entre empresas que querem vender seus estoques parados e clientes que desejam adquirir esses itens, seja para uso pessoal, em suas próprias empresas ou até mesmo para revendê-los.
Portanto, as soluções tecnológicas emergem como alternativas cada vez mais viáveis para resolver o problema do estoque parado. “A inteligência artificial generativa está revolucionando a forma como as empresas gerenciam seus estoques. Sistemas de recomendação avançados preveem demanda, otimizam preços e identificam produtos com baixa rotatividade antes que se tornem um problema", esclarece o especialista em tecnologia e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Kenneth Corrêa.
Segundo Kenneth, as empresas estão adotando uma abordagem mais holística para entender seus consumidores. “Plataformas de dados do cliente (CDPs) já preveem a rotatividade de produtos e segmentam campanhas para escoar estoques específicos e personalizar ofertas para diferentes regiões, perfis de consumo e ofertas," acrescenta.
Mas quando a tecnologia preditiva não é suficiente para reverter o acúmulo, entra em cena uma estratégia que tem ganhado força no país: os leilões digitais.
"Os leilões corporativos representam uma forma rápida, segura e eficiente de transformar estoque em capital com liquidez imediata. Produtos que antes ocupavam espaço e geravam prejuízo podem encontrar novos mercados e novos públicos por meio dessas plataformas", explica Da Mata, da Kwara. Segundo ele, empresas de diversos segmentos — de eletrodomésticos à mobiliário — já utilizam esse recurso como parte do planejamento estratégico
O paradoxo das empresas sem estoque
Enquanto uns enfrentam o desafio do excesso, outros apostam no caminho oposto: operar sem estoque próprio. A própria Amazon, pioneira no e-commerce, atua hoje em um modelo híbrido em que cerca de 60% das vendas vêm de terceiros por meio do Amazon Marketplace, o que permite oferecer milhões de produtos sem precisar armazená-los.
No Brasil, o Mercado Livre adotou modelo semelhante, conectando vendedores e compradores sem necessariamente manter estoque físico. Plataformas como Shopee, AliExpress e modelos de dropshipping também permitem que pequenos empreendedores vendam sem investir previamente em inventário, transferindo a responsabilidade para fornecedores.
"Embora o modelo sem estoque pareça atrativo, ele traz seus próprios desafios. Empresas que não controlam seu inventário podem enfrentar falhas na entrega, inconsistência na qualidade e dificuldade para escalar", alerta o especialista em vendas e CEO da Receita Previsível, Thiago Muniz.
Para ele, o futuro está na hibridização: “Empresas que combinam estoque próprio estratégico com parcerias inteligentes terão mais flexibilidade sem abrir mão do controle sobre a experiência do cliente.”
Tendências e perspectivas para os próximos anos
O comércio eletrônico no Brasil deve crescer, em média, 19% ao ano até 2027, segundo projeções da Payments CMI. Diante desse ritmo acelerado, a gestão inteligente de estoque passa a ser não só um diferencial, mas um pilar de sustentabilidade do negócio.
Kenneth Corrêa aposta em um cenário de convergência tecnológica: "Nos próximos anos, veremos a integração entre sistemas de gestão de estoque, inteligência artificial preditiva e plataformas de liquidação automatizada. A Amazon já experimenta isso com sua tecnologia Just Walk Out e sistemas de recomendação em tempo real."
Já Eduardo Augusto reforça a importância da execução: "Nunca tivemos tanta ferramenta disponível e tanto conhecimento compartilhado. A diferença está em escolher os parceiros certos e manter o foco. Vendas sempre serão prioridade, um negócio que não vende, quebra."
Para Thiago da Mata, a combinação de inovação e sustentabilidade será a chave do próximo ciclo: "Ao vender produtos parados para novos compradores por meio de leilões digitais, estamos promovendo economia circular e uso mais eficiente de recursos de uma forma segura e transparente. É uma solução que beneficia empresas, consumidores e o meio ambiente. Grandes organizações já vêm utilizando essa estratégia e quem ainda não começar ficará para trás. Os leilões corporativos representam uma forma rápida, segura e eficiente de transformar estoque em capital com liquidez imediata. Produtos que antes ocupavam espaço e geravam prejuízo podem encontrar novos mercados e novos públicos por meio dessas plataformas", explica Da Mata, da Kwara.
Segundo ele, empresas de diversos segmentos — de eletrodomésticos à mobiliário — já utilizam esse recurso como parte do planejamento estratégico. No fim das contas, não se trata apenas de vender mais, mas de vender melhor, com inteligência, eficiência e estratégia. O futuro do varejo está nas mãos de quem souber transformar gargalos em vantagem competitiva.
Kwara é uma plataforma digital que vem transformando o mercado de compra e venda de bens, produtos e ativos de qualquer natureza no Brasil. Com foco em empresas de todos os portes e segmentos, a startup oferece uma solução tecnológica robusta, que alia segurança, agilidade e escalabilidade para conectar vendedores e compradores em um ambiente 100% online. Fundada com o objetivo de desburocratizar o processo de venda e aquisição de ativos, a empresa se destaca pelo uso de tecnologia de ponta e uma abordagem centrada na experiência do cliente. O grande diferencial da Kwara está em seu modelo de negócio baseado em dados e transparência, capaz de gerar liquidez rápida para empresas e facilitar o acesso a oportunidades de compra em todo o território nacional. Com um time especializado e um ecossistema digital que viabiliza desde o cadastro até a finalização das transações de forma eficiente. A Kwara vem se consolidando como uma aliada estratégica para empresas que buscam monetizar estoques parados, bens ociosos ou ativos que já não fazem parte do core business, reforçando os princípios da economia circular. Saiba mais em Kwara.
IDK
IDK é uma renomada consultoria no Brasil, que oferece soluções que unem tecnologia, design e comunicação. A junção dessas três áreas na IDK é o que resulta na qualidade das entregas, na inovação e na alta performance de seus clientes. O objetivo é ajudar empresas que desejam transformar suas aspirações em realidade, construindo conexões reais e aprendizados por meio da análise de dados e personalização do atendimento. A IDK auxilia grandes empresas nas frentes de branding, mídia, dados, gaming content, produção de vídeo, digital development, service release, experiência do cliente, UI, UX/CX research e CRM). A tecnologia não é o fim, é apenas o meio, essa é a IDK, seja muito bem-vindo!
Kenneth Corrêa
Kenneth Corrêa é um renomado especialista em Dados, Inteligência Artificial e Metaverso. Professor de MBA na Fundação Getúlio Vargas (FGV), o profissional tem ajudado a moldar a próxima geração de líderes. Além disso, Kenneth é palestrante internacional TEDx e atua como Diretor de Estratégia da Agência 80 20 Marketing, onde lidera uma equipe de 90 profissionais. Com 15 anos de experiência em marketing e tecnologia, ele desenvolve projetos inovadores para grandes empresas como AEGEA, JBS e Suzano. Recentemente, lançou no MIT (MIT - Massachusetts Institute of Technology) seu primeiro livro internacional, “Organizações Cognitivas - Alavancando o Poder da IA Generativa e dos Agentes Inteligentes”, que explora o impacto da IA nas organizações. Para mais informações: Kenneth Corrêa.
Receita Previsível
A Receita Previsível é uma Metodologia referência em estratégias de vendas e crescimento escalável para vendas B2B no mundo todo. Criada a partir do Best-seller Predictable Revenue, a bíblia de vendas do vale do Silício. Thiago Muniz como CEO no Brasil e Sócio do Aaron Ross e oferece consultoria, treinamentos e cursos que ajudam negócios a estruturarem processos comerciais que tragam receita previsível e escalável. Com uma abordagem baseada em especialização de papéis, processos de vendas e Marketing eficientes e cultura como diferencial competitivo, a Receita Previsível já impactou centenas de empresas como Canon e Sebrae Tocantins, potencializando suas receitas e consolidando sua presença no mercado. Para saber mais, acesse o site Receita Previsível ou LinkedIn.
MindMiners
A MindMiners é uma empresa de tecnologia que atua desde 2013 comprometida com a inovação para trazer soluções disruptivas para o mercado de consumer insights. Ao combinar pesquisa, tecnologia e inteligência de dados, auxilia grandes marcas dos mais diversos segmentos a tomar decisões de negócio de forma eficiente a partir de dados confiáveis que traduzem o comportamento do consumidor. A companhia conta com um painel de respondentes proprietário e exclusivo, o MeSeems, que reúne mais de 5 milhões de pessoas de todo o país, elas compartilham ideias, preferências e rotinas, gerando um valioso banco de informações. Dentre os clientes que hoje integram a carteira da MindMiners estão Itaú, Renner, Vivo, Ambev, Samsung. JBS, Claro, Santander e TikTok.
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