Porto do Rio completa 115 anos com melhorias na infraestrutura de acesso aquaviário

“O provimento de infraestrutura é o principal serviço público que uma Autoridade Portuária deve oferecer. Projetos como as dragagens e o calado dinâmico são fundamentais para garantir que nossos portos estejam preparados para receber embarcações de maior porte, fortalecendo a conexão com os principais mercados internacionais”, afirma Francisco Martins, diretor-presidente da PortosRio.

As últimas dragagens concluídas contemplaram o canal de acesso, as bacias de evolução e os berços de atracação dos terminais conteineiros do porto, adequando o calado para receber navios porta-contêineres de até 366 metros de comprimento. O investimento total foi de R$ 165,6 milhões. Além disso, já foram contratadas novas dragagens para o Cais da Gamboa (Fase 1) e o Canal de Barra Grande (Fase 2), com aporte de R$ 116,9 milhões. O início das obras está condicionado à emissão da licença ambiental.

Outra iniciativa estratégica é a implantação do sistema de calado dinâmico ReDRAFT®, que está em fase de testes desde outubro de 2024 e seguirá em caráter experimental até, pelo menos, outubro de 2025. A tecnologia utiliza dados ambientais em tempo real — como maré, vento, corrente e ondulação — para calcular, de forma dinâmica, a distância entre o navio e a profundidade do canal de forma a conferir segurança e eficiência para a navegação.

Segundo a gerente de Acesso Aquaviário do Porto do Rio, Tatiana de Quadros Pereira, o sistema ReDRAFT®, inicialmente aplicado a navios porta-contêineres com calado superior a 11,5 metros no Canal de Barra Grande, tem potencial de ampliação para outros tipos de embarcação no futuro. Entre os benefícios esperados estão o aumento do calado operacional em condições favoráveis, maior segurança nas manobras, otimização da capacidade de carga e melhor aproveitamento das janelas de maré.

“As melhorias no acesso aquaviário permitirão atrair embarcações maiores e aumentar a eficiência daquelas que já operam no porto. Com isso, haverá redução do ‘frete morto’ e elevação da produtividade logística, o que se traduz em aumento no tráfego de embarcações e na movimentação de carga — ou seja, mais competitividade para o Rio de Janeiro e para o Brasil”, destaca Leandro Lima, superintendente de Gestão Portuária dos Portos do Rio de Janeiro, Niterói e Forno.