Dia do Amigo: benefícios da amizade para a saúde mental e como identificar as amizades tóxicas
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O dia 20 de julho é considerado o Dia do Amigo, e a amizade desempenha um papel fundamental no aspecto da saúde mental, funcionando como um suporte emocional essencial para lidar com os desafios diários.
Estudos mostram que manter laços de amizade pode reduzir o risco de depressão e ansiedade, além de aumentar o bem-estar geral. Por isso, consultamos um especialista para explicar os benefícios de socializar para a nossa saúde mental.
Benefícios da socialização
De acordo com Higor Caldato (@drhigorcaldato), psiquiatra, especialista em psicoterapias, transtornos alimentares e obesidade. Sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), para a grande maioria das pessoas, a construção das relações sociais trazem a sensação de conforto e é vista como uma oportunidade de melhorar a qualidade de vida e a saúde emocional.
“O nosso cérebro apresenta áreas que são especializadas em regular o nosso comportamento social, isso torna possível vivermos em sociedade, sermos mais empáticos, assertivos e resolver conflitos interpessoais”, explica.
Para o especialista, os seres humanos são seres sociais, está no DNA a necessidade de conectar, viver juntos, relacionar uns com os outros, mesmo que de forma mínima. Viver em sociedade, suportar as diferenças, estabelecer regras de convívios e limites tem sido um trabalho árduo para nossa espécie desde que surgimos há milhares de anos.
Segundo Marcela Jardim (@falaseriotia), psicanalista, educadora física, sexóloga, educadora sexual e professora de filosofia, os amigos verdadeiros são como porto seguro. Eles nos ajudam a rir, dividir emoções e enfrentar os desafios do dia a dia. Para crianças e adolescentes, a amizade é fundamental, pois é com os amigos que aprendem sobre convivência, respeito e afeto. Ter alguém com quem contar faz toda a diferença para a autoestima, reduz a ansiedade e fortalece a saúde mental.
“Na adolescência, a vontade de pertencer a um grupo é muito forte. Por isso, é importante que esse grupo traga segurança e apoio, e não pressão ou julgamento”, comenta.
O que fazer quando a “bateria social” esgota?
Higor ressalta que ao sentir que a bateria social está acabando o ideal é fazer uma pausa consciente. Ou seja, distrair-se, descansar e fazer atividades prazerosas e saudáveis, pois isso pode reduzir os níveis de estresse e ansiedade.
Algumas pessoas apresentam dificuldade social por conta de algumas condições, como por exemplo, o Transtorno do Espectro Autista. “Nesses casos, é importante ter um acompanhamento profissional especializado para estimular de maneira correta o desenvolvimento das interações sociais”, explica Caldato.
Quais são os melhores meios de socialização?
Atualmente, uma das formas mais comuns de se conectar com outras pessoas é através das redes sociais, chats e jogos online. “Os mais comuns não significam ser os melhores. No mundo moderno, a globalização vem tomando conta das nossas vidas e com isso as interações se tornam cada vez mais virtuais”, aponta o psiquiatra.
Mas para ele, os encontros presenciais são ainda mais importantes. Frequentar ambientes que permitam a construção de novas relações e que te façam bem, como restaurantes, feiras livres, festas de casamento, formaturas, aniversários, esportes em grupo, entre outros.
A psicanalista inclui que treinar com amigos é ótimo, porque um motiva o outro. Além de tornar o momento mais leve e divertido, essa troca fortalece o vínculo entre eles. Nas atividades físicas as crianças ou adolescentes podem se sentir acolhidos e incentivados, é mais fácil manter hábitos saudáveis e enfrentar desafios. O exercício físico em grupo também estimula a cooperação, o respeito às diferenças e a construção de metas em conjunto.
Existem limites na amizade?
Para Marcela, toda amizade saudável precisa ter limites. Respeitar o tempo, o espaço e as escolhas do outro é essencial. Não é porque somos amigos que podemos invadir a privacidade ou controlar as decisões da outra pessoa.
Também é importante aprender a dizer “não” quando algo incomoda, e isso vale especialmente na adolescência, fase em que o medo de ser excluído pode fazer muitos jovens aceitarem o que não querem. A amizade de verdade respeita os sentimentos, o corpo, os valores e os limites do outro.
A importância da comunicação dos pais com os filhos sobre amizade
A infância é o primeiro espaço onde as crianças aprendem a se relacionar fora da família. É ali que elas começam a construir vínculos, exercitar empatia e entender os limites do convívio com o outro. Por isso, é essencial que os pais acompanhem e conversem com os filhos sobre as amizades que estão formando.
Algumas relações, mesmo na infância, podem apresentar comportamentos de controle, exclusão ou imposição. Ainda que pareçam “brincadeiras comuns”, é importante que os adultos estejam atentos e abram espaço para conversas sobre como a criança se sente ao brincar com outras, se está confortável, se tem liberdade para escolher e se sente respeitada.
A psicanalista argumenta que uma boa comunicação dentro de casa ajuda a criança a entender que, em uma amizade, deve existir respeito, espaço, liberdade de escolha e afeto. Conversar sobre como foi o dia, com quem brincou, o que sentiu, é uma forma de escutar o mundo emocional da criança e também orientá-la com leveza.
“Na adolescência, essa conversa se torna ainda mais importante. É comum o desejo de fazer parte de um grupo ser tão forte que o jovem aceite relações que o fazem se sentir mal apenas para não se sentir excluído. Se os pais criam desde cedo um espaço seguro de diálogo, o adolescente se sentirá mais à vontade para dividir situações difíceis, pedir ajuda ou simplesmente ser escutado”.
Ensinar sobre amizade é também ensinar sobre limites, escolhas, respeito e autocuidado. E tudo isso começa na conversa do dia a dia.
Como identificar amizades tóxicas?
Marcela aponta que amizades tóxicas são aquelas que nos fazem mal, mesmo que às vezes a gente demore a perceber. Se a pessoa te coloca pra baixo, te julga o tempo todo, te afasta de outros amigos ou te faz sentir culpado por tudo, vale ligar o alerta.
Entre adolescentes, muitas vezes existe a pressão para “ser igual” ao grupo. Quando essa amizade impede que você seja quem é de verdade, ou te força a fazer algo que não quer, é hora de repensar essa relação. Uma amizade saudável é leve, respeitosa e faz bem pra alma.
REFERÊNCIA:
HARARI, Yuval Noah. Sapiens: Uma breve história da humanidade. 32. ed. Porto Alegre - RS: L&PM, 2018. 464 p. ISBN 9788525432186.
FONTES:
Higor Caldato (@drhigorcaldato), psiquiatra, especialista em psicoterapias, transtornos alimentares e obesidade. Sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais).
Médico psiquiatra pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/IPUB), residência em psicoterapias com ênfase em Transtornos Alimentares e Obesidade também pela universidade carioca, através do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares do IPUB e do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (GOTA - IPUB/IEDE).
Marcela Jardim (@falaseriotia), psicanalista, educadora física, sexóloga, educadora sexual e professora de filosofia.
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