Manutenção preventiva ou corretiva? Essa escolha pode comprometer toda a produção

A manutenção industrial é um fator determinante para a produtividade e a competitividade das empresas. Quando bem aplicada, reduz custos, evita paradas inesperadas e prolonga a vida útil dos equipamentos. No entanto, muitos empresários ainda operam no limite, reagindo apenas quando um problema já compromete a produção. Isso nos leva a uma questão: a importância da manutenção preventiva em comparação à corretiva.

Prevenir ou remediar?

Segundo William Adriano de Andrade de Almeida, técnico industrial especializado em programação de robôs, a manutenção corretiva, como o nome sugere, acontece quando há falhas nos equipamentos, exigindo reparos urgentes para que a produção continue. “Esse tipo de manutenção, embora inevitável em alguns casos, pode gerar altos custos, tanto pela substituição de peças quanto pelo tempo de inatividade das máquinas. Por outro lado, a manutenção preventiva busca antecipar possíveis falhas antes que se tornem problemas. Através de inspeções regulares, lubrificações e substituições programadas de componentes, é possível evitar panes inesperadas e garantir maior eficiência operacional”, afirma.

Impacto na automação industrial

Com o avanço da tecnologia, os sistemas de automação se tornaram cada vez mais complexos, exigindo estratégias de manutenção mais sofisticadas. Robôs industriais, por exemplo, possuem milhares de ciclos operacionais diários, o que demanda um controle rigoroso sobre desgaste de peças, calibração de sensores e atualização de softwares.

A manutenção preventiva na automação industrial não é apenas um diferencial, mas uma necessidade. Pequenos ajustes periódicos podem evitar falhas críticas que paralisam toda uma linha de produção.

O futuro da manutenção: a preditiva

Além da manutenção preventiva, a tecnologia tem permitido o avanço da manutenção preditiva, que utiliza sensores e inteligência artificial para monitorar, em tempo real, o desempenho das máquinas. Esse modelo permite intervenções ainda mais precisas, reduzindo desperdícios e otimizando processos produtivos.

“A transição da manutenção corretiva para a preventiva e, posteriormente, para a preditiva, representa um grande passo para a modernização da indústria. Empresas que adotam essa abordagem garantem maior eficiência e competitividade em um mercado cada vez mais exigente. Afinal, máquinas bem cuidadas são sinônimo de um futuro mais sustentável e rentável para qualquer setor”, conclui William.

Sobre

Com 15 anos de experiência na área de automação industrial, William Adriano de Andrade de Almeida é um especialista em robótica amplamente reconhecido. Técnico em Automação Industrial pelo Instituto de Educação Tecnológica Avançada da Amazônia, ele possui expertise em programação de robôs de marcas líderes como ABB, KUKA, FANUC e COMAU. Sua atuação abrange indústrias automotiva, eletrônica e metálica, contribuindo para a implementação e otimização de robôs que impulsionam a produtividade e maximizam os lucros. Hoje, viaja pelo mundo, com projetos realizados em países como Estados Unidos, Argentina, entre outros, desempenhando um papel estratégico na StartUp de robôs – desde a montagem até a operação.