Para 2030, a Bosch tem a meta de aprimorar ainda mais seus resultados, em especial na área de energia, que responde por 70% das emissões da companhia. Para isso, contratou uma consultoria a fim de o uso de energia renovável e diminuir as emissões. Segundo Harvelly, esse segmento precisa estar bem equalizado e, para isso, serão investidos cerca de € 2 bilhões em eficiência energética, energia renovável, em melhoria da infraestrutura e parque de máquinas, entre outros, com uma expectativa de economia de custos da ordem de € 1 bilhão. “O potencial de economia de energia é impactante”, pontuou.

Durante o BW Works Case Bosch: Neutralidade de Carbono, promovido pelo Movimento BW, iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), no dia 7 de outubro, a chefe corporativa de Sustentabilidade e EH&S da Bosch comentou ainda que a multinacional trabalhará com seus fornecedores, sua logística, as viagens corporativas e os parceiros de negócios, com o propósito de reduzir em 15% as emissões da cadeia de valor. Outro ponto de atuação continuará a ser no desenvolvimento sustentável do produto para torna-lo ainda mais eficiente no uso, com menor consumo de energia e emissões.

A meta de ser carbono neutro envolveu uma série de ações e o engajamento dos colaboradores da Bosch. São entre 25 e 30 pessoas na América Latina trabalhando nesse segmento, enquanto no mundo, são cinco mil profissionais dedicados às metas de CO2. “Nossa equipe é multidisciplinar, pois há várias frentes de trabalho”, explicou Harvelly.

Uma das iniciativas detalhadas por ela no BW Works foi na área de iluminação, com a substituição de lâmpadas convencionais por lâmpadas LED, que resultou em uma economia de 50% na conta de energia. Além disso, foram colocados também controles de iluminação e foram regulados os níveis de luminosidade de acordo com o local da instalação, a fim de fornecer ergonomia ao colaborador, por meio de uma iluminação correta e adequada. A seu ver, esse tipo de ação é bastante efetivo e os retornos financeiros e de menor emissão de CO2 são imediatos.

O sistema de refrigeração foi outra área que recebeu uma nova tecnologia para diminuir o impacto ambiental. A mudança acarretou em uma redução de 50,4 toneladas de emissão de CO2 e de 67% do consumo de energia, somados à otimização do ambiente, menos ruído e eliminação do risco de segurança. Conforme explicou Harvelly, esse tipo de investimento apresenta um retorno rápido de cerca de dois anos.

Ela ressaltou ainda a importância de se ter a Certificação ISSO 50001 em uma das instalações da Bosch na América Latina e em processo de implantação em outras quatro localidades. “Foi uma oportunidade de perceber outras questões dentro da organização e envolver os colaboradores sobre o quanto é fundamental o uso consciente de energia”, disse Harvelly, que comentou sobre alguns projetos da área de sustentabilidade tornarem-se produtos inovadores com patentes registradas, como o sistema de Internet das Coisas para unidades de split de climatização, que proporciona 16% a menos do consumo de energia do ar condicionado.

Por fim, ela tratou do investimento da Bosch em produzir sua própria energia renovável, da aquisição de energia limpa de concessionárias, com a comprovação por meio dos certificados de energia verde, os IRECs, e a compra de créditos de carbono, sendo que dois projetos beneficiados estão em solo brasileiro, um deles no Acre e outro, no Mato Grosso.

O BW Works Case Bosch: Neutralidade de Carbono está disponível no site oficial do Movimento BW.