Da crise ao topo. O mercado da beleza e do bem-estar transformou a ameaça do isolamento da pandemia em oportunidade. Cada vez mais presente como símbolo de autocuidado e autoestima, cosméticos, maquiagem e outros artigos desse nicho deixaram de ser apenas produtos e tornaram-se parceiros neste momento desafiador que passamos. O mercado atravessou a crise porque reforçou e posicionou seu espaço. E cresceu. A holding mineira AKMOS é exemplo disso e fecha balanço semestral de 2021 com crescimento de 32% maior que 2020 o maior dos últimos 5 anos.

Para Eduardo Soares, gerente de Marketing, esse crescimento está baseado no olhar atento da empresa aos clientes e aos empreendedores: “Completamos este ano 12 anos de mercado e inovar em produtos e qualificação de pessoas é um desafio permanente. A pandemia acelerou nossas competências e, nesse sentido, conseguimos excelentes resultados. Atuamos em duas frentes: em reformulações de mix de produtos e estratégia de crescimento regional. Optamos por produtos funcionais, com benefícios sobre o metabolismo, fomentamos as linhas de terapia magnética e investimos na ampliação perfumaria com foco no público masculino. Todas as linhas de higiene pessoal foram reformuladas e a uma linha capilar, criada. Para as mulheres, enfatizamos os avanços nos produtos anti-idade. Já para dar suporte aos empreendedores, enfatizamos as regiões Sul e Norte, através da realização de treinamentos com lideranças locais. Agora, vamos expandir rumo ao Sudeste e Nordeste”.

A AKMOS não está sozinha. Segundo Adriana Colloca, presidente da Associação Brasileira de Empresa de Venda Direta, ABEVED, as vendas diretas têm papel fundamental nesta ressignificação do setor da beleza e bem-estar. E colaboram fortemente na retomada da economia. “Muitas pessoas procuram a venda direta, como primeira atividade. Atualmente 48% das pessoas que trabalham com VD são jovens entre 18 e 27 anos que exercem a atividade em período parcial. E a qualificação permanente e a digitalização tem transformado os empreendedores em peças-chave no mercado, especialmente o do bem-estar e beleza”

Venda direta cresce com canais digitais de relacionamento

A Akmos tem se destacado no segmento de venda direta. A empresa registrou o aumentou em 60% a quantidade de empreendedores individuais totalizando cerca de 16.000 no país no primeiro semestre de 2021 comparado com mesmo período de 2020. A quantidade de lojas aumentou 10% e as projeções são otimistas este ano: aumento de venda de 40%.

Depois da pandemia, a Akmos passou a acelerar a digitalização das ferramentas de vendas para que os empreendedores conseguissem manter o relacionamento próximo com os clientes sem arriscar a saúde de ninguém, conta o gerente de marketing do grupo. Ele explica que a empresa criou uma Revista Interativa complementar ao catálogo de produtos, que informatiza a venda, podendo ser encaminhada por e-mail ou aplicativo de mensagem, e ainda permite que o cliente navegue pelo menu clicável para escolher seus produtos, localize um empreendedor e conclua a compra sem necessidade de contato manual com o papel.

Além disso, foi implantado um e-commerce para o revendedor e ações de treinamento feitas remotamente para a inclusão digital na Universidade de Conteúdo criada pela empresa. Muitas franquias estão funcionando com entregas, dispensando a presença do consumidor na loja física. Houve, ainda, a capacitação para vendas redes sociais e para fomentar esse tipo de negócio, os materiais de divulgação são disponibilizados diariamente para que cada empreendedor. Para explorar todas as possibilidades do universo digital, a empresa está desenvolvendo TV Akmos dentro do Youtube, que contará com programação exclusiva para os revendedores e clientes.

"Nossa empresa cresce porque cada um dos nossos empreendedores crescem junto. Fazemos questão de dar suporte no contexto geral e, também, individualizado para aumentar as vendas no formato multinível. A liberdade de horários e as ferramentas digitais têm somado muito. E aqui tem espaço para todos os perfis de empreendedores e portes de empresários” revela Carolina Saraiva, CEO da Akmos.