Profissionais da Química são essenciais na produção do IFA, principal ativo das vacinas
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Atuação se dá em todo o processo de produção e controle do componente farmacológico
Nos últimos dias, falou-se muito sobre o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), principal componente para a fabricação de vacinas, como a AstraZeneca/Oxford (Fundação Oswaldo Cruz) e a Coronavac (Instituto Butantan). Por trás dos holofotes em torno da nova sigla associada à Covid-19, estão também os profissionais da Química que são essenciais no processo de produção e controle desse componente farmacológico e ganham mais destaque no cenário atual.
O químico industrial e doutor em Vigilância Sanitária Ubiracir Fernandes Lima Filho, que é membro da Comissão Química Farmacêutica do Conselho Regional de Química da 4ª Região (CRQ IV), explica que a vacina é um produto farmacotecnicamente elaborado que contém, entre outras substâncias químicas, o IFA. Esse insumo é uma molécula complexa (macromolécula) derivada ou quimicamente semelhante ao microrganismo invasor particular, causador de doença. A molécula é reconhecida pelo sistema imunológico dos indivíduos submetidos à vacina e promove uma resposta, chamada de biossíntese de imunoglobulinas específicas, que o protege de uma doença associada àquele invasor.
"Durante o processo de desenvolvimento e produção, e mesmo o controle daquelas imunoglobulinas específicas presentes no organismo dos indivíduos imunizados, utilizam-se de métodos analíticos de respostas químicas destes biopolímeros em técnicas validadas, tais como aquelas que se baseiam em princípios eletroforéticos, fotométricos e outros. Neste sentido, na cadeia de processo, fundamentos da Química também acompanham pesquisadores multidisciplinares no desafio de produzir os imunizantes", destaca.
O engenheiro químico e mestre em Engenharia Química Wilson Zeferino Franco Filho, que também é membro da comissão do CRQ IV, lembra que, neste momento, as produções das vacinas estão dependendo da chegada de novas remessas do IFA, que é importado de diversos fabricantes da China. "Nós já temos profissionais altamente especializados e condições de transformar esse insumo em vacinas. Aliás, o Brasil já teve seis unidades produtoras de vacinas e hoje conta com duas que estão lutando para entregar a AstraZeneca e a Coronavac. O que falta no país é priorizar os investimentos em ciência, saúde e na indústria farmacêutica, fundamentais para o futuro", ressalta.
Para ele, além de enaltecer a importância do setor, a pandemia "escancarou" ainda mais a necessidade de aplicação de recursos, especialmente na produção local. Ele lembra que, recentemente, o Grupo União Química iniciou localmente o desenvolvimento da vacina contra a Covid-19, a Sputnik V, desenvolvida na Rússia a partir de um lote-piloto do IFA. Com as adequações na planta farmacêutica em Brasília, a expectativa é produzir 8 milhões de doses por mês no país.
Além disso, uma nova fábrica do Instituto Butantan está em construção da zona oeste de São Paulo, o que vai permitir produzir a vacina sem depender de insumos importados. Quando o recebimento do IFA estiver regularizado, a estimativa é que o Butantan possa fabricar um milhão de doses de CoronaVac diariamente.
A informação mais recente é que mais de 5,4 mil litros do IFA da CoronaVac já estão no Aeroporto de Pequim, na China, prestes a embarcar. A expectativa é que a carga chegue a São Paulo nesta quarta-feira (3), conforme anunciou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas. A matéria-prima vai permitir a fabricação de mais 8,6 milhões de doses da vacina contra a Covid-19.
Valorização
Com a pandemia da Covid-19, a atuação dos profissionais da Química ganhou mais destaque pela versatilidade e desempenho em diversas áreas que impactam diretamente o dia a dia da população. Eles estão presentes na mobilização da comunidade científica e da sociedade em uma ampla rede de fabricação de produtos, pesquisas e desenvolvimento de novos equipamentos. Também atuam na divulgação de informações corretas, precisas e confiáveis.
"Por isso, é muito importante que, a partir de agora, tanto profissionais que estão no mercado, quanto estudantes que querem ingressar nos diversos cursos da área química, estejam preparados para enfrentar os desafios futuros e as oportunidades de atuar nas produções locais, atendendo às necessidades do país, sempre apostando na ciência e na saúde", defende Franco Filho.
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