Sindac-DF faz balanço do funcionamento do setor durante 2020

Dois mil e vinte foi um ano desafiador para todos, e para as academias do Distrito Federal não foi diferente. De acordo com o Sindac-DF, sindicato que representa a categoria, pelo menos 100 empresas faliram e oito mil pessoas foram demitidas desde a paralisação das atividades. Esse número pode ser ainda maior, se o setor não conseguir o parcelamento da segunda parcela do 13º salário, suspensão e redução de jornada. Para Thais Yeleni, presidente da entidade, ficar quatro meses sem funcionar e sem gerar receita prejudicou muito as empresas.

"Para se ter uma ideia, em 16 de março deste ano, dia do fechamento no Distrito Federal, tínhamos 771.500 clientes pagantes, o que gerava um faturamento anual de R$1.713.321.155,71. No dia 1º de julho, entretanto, esse faturamento chegou a zero", complementa. Segundo Thais, as academias são um setor essencial à saúde e, portanto, não deveriam ter ficado tanto tempo paradas. "É muito difícil compreender porque esses estabelecimentos tiveram que ficar fechados sendo que nós prestamos um tipo de serviço que cuida da saúde da população, evitando desdobramentos menos agressivos tanto da covid-19 quanto de outras doenças físicas e mentais", argumenta.

Foi em meio às dificuldades impostas pela pandemia que o setor decidiu se unir para tentar evitar um colapso. "A força do coletivo veio à tona, e isso foi muito bonito. Nós conseguimos nos unir e, assim, conquistamos diversos benefícios, inclusive uma reabertura antes do que estava previsto pelo governo, mostrando o quanto somos importantes para a população", conclui a presidente do Sindac-DF.

Perspectivas para 2021

Para o próximo ano, o objetivo das academias é continuar lutando para mostrar que elas são um serviço essencial a todos. "Temos a expectativa de ser linha de frente no combate dessa e de tantas outras doenças que matam no país", pontua Thais. "O sedentarismo é o fator que mais ocasiona doenças e mortes no Brasil", alerta. Ela se mostra esperançosa em relação ao que vem pela frente. "Por mais que 2020 tenha sido um ano desafiador, acredito que ele trará frutos e que as academias terão um crescimento significativo no próximo ano e nos outros que virão", finaliza.