O plano, revelado pelo CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, e por Ricardo Machado, Diretor de Operações da companhia, será operacionalizado por meio da grande expansão da empresa, onde o "Projeto Estratégico Condomínio" será apenas o primeiro passo para aumentar a capacidade de produção de armas e de componentes, modernizando ainda mais a fábrica com novos equipamentos e tecnologias. Além de ampliar em 50% a quantidade de armas produzidas, passando de atuais 6 mil armas/dia para 9 mil armas/dia, irá também se tornar um hub de distribuição de componentes estratégicos para suas unidades de manufatura nos Estados Unidos e futura unidade na Índia.

O Plano Diretor permitirá a Taurus 4.0 otimizar ainda mais os processos administrativos, operacionais e logísticos, levando a uma redução de custos e de tempo, aumento da qualidade dos produtos, das margens de lucro e da rentabilidade da empresa. "O objetivo é tornar a Taurus a maior empresa de armas leves do mundo. Para isso, seguimos com foco, determinação e excelência, conquistando resultados recordes nos últimos trimestres e ampliando a presença no mercado nacional e mundial", afirma Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus.

O futuro é promissor. A empresa pretende lançar produtos em novos segmentos, com previsão de duas plataformas totalmente novas - a pistola TX 22 Competition e revólveres de altos calibres Big Bore 460H Long Barrel -, que contemplarão mais de 100 SKUS. Na categoria de pistolas, a companhia pretende ingressar no mercado das microcompactas, que representa 40% do mercado de pistolas dos Estados Unidos. O lançamento está previsto para abril de 2021.

Por meio do Centro Integrado de Tecnologia, a Taurus transforma o desejo dos consumidores em produto final. "Os nossos engenheiros, representantes e executivos do mundo inteiro fazem a identificação, trazem o que o mercado deseja e transformamos isso em novos produtos", explica Nuhs.

Em parceria com a Joalmi, a Taurus contará também em 2021 com uma fábrica de carregadores, peça fundamental para o bom funcionamento de uma arma, que vem para atender a demanda interna atual da companhia que hoje é superior a 5 milhões por ano e acabar com a dependência de fornecedores estrangeiros. Nos próximos cinco anos, o negócio deve agregar aos resultados da Taurus um valor superior a R$ 100 milhões de reais.

Outra decisão estratégica é a nova fábrica de armas da Taurus na Índia, da joint venture com o Jindal Group. Atualmente, o país é o segundo maior investidor na área de segurança e defesa. A previsão de investimento na área no orçamento da Índia é de mais de 130 milhões de dólares. Além de produzir armas na Índia e transferir tecnologia, a Taurus poderá participar das licitações do país nos próximos anos.

Em termos de relacionamento com o cliente, seguindo a tendência das grandes marcas de possuir produtos correlacionados ao negócio, em novembro de 2020, a Taurus lançou o marketplace com a venda de acessórios e componentes, como miras Red Dot, kits de limpeza, coldres, lunetas, mochilas e cofres para armas curtas.

Além disso, para reforçar a experiência do consumidor com a marca, a empresa lançará em 2021 a primeira loja conceito Taurus no Brasil, um ambiente onde os clientes encontrarão a linha completa de produtos da Taurus, serviços, linha de tiro, cursos, assistência técnica e pós-vendas, podendo se tornar um grande negócio no futuro, uma franquia.

Reestruturação e resultados constantes

Os resultados positivos apresentados pela Taurus nos últimos anos e ingresso de acionistas é fruto da nova gestão da companhia, que teve início em 2015. Em 2018, Salesio Nuhs assumiu como presidente da companhia e foi realizada uma forte reestruturação dos processos produtivos e administrativos, sempre com foco na qualidade dos produtos e alicerçado em um plano de distribuição global para fortalecer a empresa no mercado e levar aos consumidores toda essa transformação que foi feita, principalmente no portfólio de produtos com compromisso em inovação e tecnologia. Isso trouxe uma melhoria significativa nos indicadores operacionais e financeiros, o que garante a cada trimestre novos recordes e rentabilidade sustentável.

A conclusão do processo de reestruturação veio com a equalização do endividamento da empresa. A Taurus fez a renegociação com os bancos credores, alongou o perfil da dívida e, com isso, conseguiu uma forte geração de caixa. O que tornou possível grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e diferenciou a Taurus, conquistando 15% do mercado norte-americano, além de entrar em licitações no mercado extremamente competitivo da segurança pública e das forças armadas de vários países.

Segundo o CFO e Diretor de Relações com Investidores da Taurus, Sergio Sgrillo, o aumento exponencial dos resultados da empresa se deve a "um trabalho que tem focado muito no controle das despesas e nos processos fabris".

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