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Indústria do cimento lança posicionamento sobre precificação de carbono e apresenta as diretrizes no combate a emissão de CO2

As ações propostas, alinhadas ao Acordo de Paris, propõem redução de emissão de gases de efeito estufa em mais de 30%;

O Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) apresentaram na última sexta-feira (27/11), através de um evento virtual, o Mapa Tecnológico do Cimento de redução de CO2 (Norte e Nordeste), com ênfase para os Combustíveis Alternativos (Coprocessamento), o seu posicionamento sobre precificação de carbono e as metas e os desafios para a indústria brasileira se tornar ainda mais eficiente e sustentável.

Na ocasião, estiveram presentes órgãos ligados ao meio ambiente como a ABEMA (Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente), a CPRH (Agência de Meio Ambiente de Pernambuco), a Sudema (Superintendência de Meio Ambiente da Paraíba), o Idema (Instituto de Meio Ambiente do Rio Grande do Norte),e a Adema (Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe), além do Secretário Executivo de Saneamento do Governo do Estado do Ceará; executivos das principais empresas da construção civil e entidades representativas de infraestrutura e meio ambiente que debateram, durante toda a manhã, os caminhos para um futuro sustentável do setor.

E com o intuito de continuar a contribuir com a agenda de mudanças climáticas que a indústria nacional do cimento se comprometeu em manter seu engajamento com relação ao tema e a compartilhar sua experiência na implementação de iniciativas que levem o Brasil a uma economia de baixo carbono.

"A indústria brasileira do cimento apresenta um dos menores índices de emissão de CO2 no mundo, por conta de ações que vêm sendo implementadas nas últimas décadas, e queremos continuar liderando esse processo no futuro", afirma Paulo Camillo Penna, presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) e da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Sistemas e mecanismos de precificação de carbono estão se disseminando, de forma crescente, nas diferentes regiões do globo. Na linha de tantos outros países, o Brasil está atualmente discutindo os impactos e as oportunidades geradas por estes instrumentos de precificação ou taxação (como por exemplo, o Imposto Verde), assim como a sua inclusão no pacote de instrumentos voltados à implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) no pós-2020.

Antes que uma política de precificação de carbono entre em vigor, o setor defende que as políticas públicas de mudanças climáticas levem em consideração alguns pontos essenciais, como por exemplo que os esforços históricos e progressos já alcançados sejam reconhecidos; que a sobreposição de mais de um instrumento de precificação de carbono seja evitada; que os esforços de redução de emissões sejam distribuídos entre todos os setores econômicos; que um sistema de Monitoramento, Relato e Verificação (MRV) robusto e confiável seja implementado; que sistemas de precificação via mercado, em detrimento da taxação, sejam priorizados; que uma agenda de implementação gradual seja discutida; que instrumentos de fomento a tecnologias e processos mais eficientes sejam considerados; entre outros fatores de risco.

Sobre as diretrizes e metas do setor, a indústria brasileira do cimento desenvolveu o Mapa Tecnológico do Cimento em colaboração com a Agência Internacional de Energia (IEA), o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), a Corporação Financeira Internacional (IFC) - membro do Banco Mundial - e um seleto grupo de acadêmicos de renomadas universidades e centros de pesquisa do país.

O estudo propõe alternativas para reduzir, ainda mais, as baixas emissões de CO2 da indústria nacional de cimento. Mais do que isso, identifica barreiras e gargalos que limitam a adoção de políticas públicas, regulações, aspectos normativos, entre outros, capazes de potencializar a redução das emissões em curto, médio e longo prazo.

Segundo dados do estudo, enquanto a produção de cimento aumentou 273% entre 1990 e 2014 (de 26 para 71 milhões de toneladas), a curva da emissão de carbono cresceu 223% nesse intervalo, uma redução de 18% das emissões específicas (de 700 para 564 kg CO2 /t cimento), alcançando um dos valores mais baixos praticados no mundo. Por sua vez, o projeto vislumbra a possibilidade de a indústria alcançar patamares ainda menores, da ordem de 375 kg CO2 /t cimento até 2050, uma redução de 33% com relação aos valores atuais.

O evento também contou com um módulo sobre o Coprocessamento, uma tecnologia evolutiva, presente na indústria desde 1990, de queima de resíduos industriais e urbanos e passivos ambientais em fornos de cimento, substituindo a utilização de combustíveis fósseis não renováveis. Há cerca de duas décadas no dia-a-dia do setor, a tecnologia conta com total garantia de saúde e segurança ao trabalhador.

O Coprocessamento

O coprocessamento, além de ser um dos pilares previstos pelo Roadmap como uma das soluções para a redução na emissão de gases de efeito estufa, se apresenta como uma alternativa viável e acessível para a destinação de resíduos sólidos urbanos em cidades próximas da indústria.

O uso de combustíveis alternativos na produção de cimento, através do coprocessamento, não gera novos resíduos e contribui para a preservação de recursos naturais, por substituir matérias-primas e combustíveis fósseis no processo industrial, habilitando-se como uma das soluções possíveis para a destinação correta dos resíduos sólidos urbanos, infelizmente não atendida por cerca de 3.350 municípios brasileiros, em claro conflito com a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Além disto, trata-se de um processo existente e consolidado mundialmente, gerando ganhos sociais, econômicos e ambientais - a tríade do conceito de sustentabilidade - para os envolvidos em toda a cadeia de coleta e descarte de resíduos.

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Metas alinhadas ao Acordo de Paris

O Acordo de Paris, negociado em 2015 na 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e ratificado pelo Brasil em 2016, estabeleceu diretrizes e compromissos para tentar limitar o aumento das temperaturas neste século a menos de 2°C.

Para alcançar essa meta desafiadora, foram reunidas no mapeamento medidas que se concentram em quatro principais pilares: adições e substitutos de clínquer - produto intermediário do cimento -, por meio do uso de subprodutos de outras atividades; combustíveis alternativos, com a utilização de biomassas e resíduos com poder energético em substituição a combustíveis fósseis não renováveis; medidas de eficiência energética, mediante investimentos em linhas e equipamentos de menor consumo térmico e/ou elétrico; tecnologias inovadoras e emergentes, por meio da pesquisa e desenvolvimento em tecnologias disruptivas, como a captura de carbono.

Veja no link abaixo a íntegra do Roadmap Tecnológico do Cimento: https://www.abcp.org.br/cms/wp-content/uploads/2019/04/Roadmap_Tecnologico_Cimento_Brasil_Encarte.pdf


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