O rosto de Janus
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Ana Paula Scorsin
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A sociedade vive momentos críticos não só em nível nacional, mas também mundial. Ao olharmos para os mais diversos países deparamo-nos com o caos à beira de sua institucionalização.
Ao mesmo tempo em que novos tempos vêm refrescar a face de muitos, outros tantos são obrigados a sobreviver sob o estigma do medo e da insegurança. Contradições de um mundo em crise. E, partindo do geral para o particular, deparamo-nos com o ser humano, permitam-me a expressão “crisificado”. Um ser humano acrisolado que se perde em si, para si e, consequentemente, perde-se para os outros.
Contudo, a crise significa oportunidade de um novo começo, de uma reconstrução. A crise traz em si, propostas que necessitam de respostas. Penso que a resposta é dada a partir de um novo ângulo, ou ainda melhor, por um novo agente social e de poder transformador. Refiro-me aos mais fragilizados e que vivem nas periferias como se fossem sobrantes. Pessoas que foram destituídas das qualidades e dos valores inerentes aos seres humanos. É a partir, justamente, deles que a sociedade deveria agir e falar. Pois é no vulnerável que se encontra a situação crítica por excelência e, portanto, é a partir dele que o “desacrisolamento” dos povos acontecerá.
Desta forma, podemos dizer que toda situação crítica ou de crise tem o “rosto de Janus”, o deus romano da dupla face: é tempo de juízo e, simultaneamente, da oportunidade de um novo começo, de renovar o que foi usado, esgotado e que anda de forma débil. Em momento de crise, as mulheres e homens, marginalizados e destituídos de seus direitos, têm a possibilidade de imprimir um novo sentido à sua história e à do mundo.
Porém, é na contradição dos fenômenos e na duplicidade dos caminhos que ocorre a solidariedade com os povos oprimidos e a posterior superação dos obstáculos que impedem os caminhos da história. Assim, deparamo-nos com um ato convocatório sem precedentes e que chega às raias do imperativo categórico a fim de nos unirmos com aqueles que detém a chave da história. Somos convidados a caminhar em seus passos e a viver suas histórias como se fossem as nossas.
É preciso lembrar que é possível e necessário escrever a história a partir dos olhares das vítimas. Olhares que podem muito bem ser encontrados no Novo Testamento: “Senhor quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te visitar? Então Jesus lhes responderá: eu garanto a vocês, todas as vezes que vocês fizeram isso a um dos menores dos meus irmãos, foi a mim que o fizeram” (Mateus 25,37-40).
Autor: Luiz Alexandre Solano Rossi é professor da graduação em Teologia Interconfessional do Centro Universitário Internacional Uninter.
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